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sexta-feira, abril 30, 2004

"Ouvi contar que outrora, quando a Pérsia
Tinha não sei qual guerra,
Quando a invasão ardia na Cidade
E as mulheres gritavam,
Dois jogadores de xadrez jogavam
O seu jogo contínuo.
À sombra de ampla árvore fitavam
O tabuleiro antigo,
E, ao lado de cada um, esperando os seus
Momentos mais folgados,
Quando havia movido a pedra, e agora
Esperava o adversário.
Um púcaro com vinho refrescava
Sobriamente a sua sede.
Ardiam casas, saqueadas eram
As arcas e as paredes,
Violadas, as mulheres eram postas
Contra os muros caídos,
Trespassadas de lanças, as crianças
Eram sangue nas ruas...
Mas onde estavam, perto da cidade,
E longe do seu ruído,
Os jogadores de xadrez jogavam
O jogo de xadrez.
Inda que nas mensagens do ermo vento
Lhes viessem os gritos,
E, ao reflectir, soubessem desde a alma
Que por certo as mulheres
E as tenras filhas violadas eram
Nessa distância próxima,
Inda que, no momento que o pensavam,
Uma sombra ligeira
Lhes passasse na fronte alheada e vaga,
Breve seus olhos calmos
Volviam sua atenta confiança
Ao tabuleiro velho.
Quando o rei de marfim está em perigo,
Que importa a carne e o osso
Das irmãs e das mães e das crianças?
Quando a torre não cobre
A retirada da rainha branca,
O saque pouco importa.
E quando a mão confiada leva o xeque
Ao rei do adversário,
Pouco pesa na alma que lá longe
Estejam morrendo filhos.
Mesmo que, de repente, sobre o muro
Surja a sanhuda face
Dum guerreiro invasor, e breve deva
Em sangue ali cair
O jogador solene de xadrez,
O momento antes desse
(É ainda dado ao cálculo dum lance
Para a efeito horas depois)
É ainda entregue ao jogo predilecto
Dos grandes indif'rentes.
Caiam cidades, sofram povos, cesse
A liberdade e a vida.
Os haveres tranquilos e avitos
Ardem e que se arranquem,
Mas quando a guerra os jogos interrompa,
Esteja o rei sem xeque,
E o de marfim peão mais avançado
Pronto a comprar a torre.
Meus irmãos em amarmos Epicuro
E o entendermos mais
De acordo com nós-próprios que com ele,
Aprendamos na história
Dos calmos jogadores de xadrez
Como passar a vida.
Tudo o que é sério pouco nos importe,
O grave pouco pese,
O natural impulso dos instintos
Que ceda ao inútil gozo
(Sob a sombra tranqüila do arvoredo)
De jogar um bom jogo.
O que levamos desta vida inútil
Tanto vale se é
A glória, a fama, o amor, a ciência, a vida,
Como se fosse apenas
A memória de um jogo bem jogado
E uma partida ganha
A um jogador melhor.
A glória pesa como um fardo rico,
A fama como a febre,
O amor cansa, porque é a sério e busca,
A ciência nunca encontra,
E a vida passa e dói porque o conhece...
O jogo do xadrez
Prende a alma toda, mas, perdido, pouco
Pesa, pois não é nada.
Ah! sob as sombras que sem qu'rer nos amam,
Com um púcaro de vinho
Ao lado, e atentos só à inútil faina
Do jogo do xadrez
Mesmo que o jogo seja apenas sonho
E não haja parceiro,
Imitemos os persas desta história,
E, enquanto lá fora,
Ou perto ou longe, a guerra e a pátria e a vida
Chamam por nós, deixemos
Que em vão nos chamem, cada um de nós
Sob as sombras amigas
Sonhando, ele os parceiros, e o xadrez
A sua indiferença."


Ricardo Reis, 1-6-1916










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quinta-feira, abril 29, 2004

Como bem podia ser dito pelo "Diácono Remédios":

Dantezze é que era uma bidinha boua ezze ezze ezze...
e habia lindazezezze aldeiazzze de roupa branca esbouaçando zee zze ao beinto ezzze ezzze zze,
e moçoilazze zze lindazze zzze que eram belas zze zzze labadeiraszzz ezz que labavam trouxas zzezzze de roupa eezzee quando iam ao rio. E podiamos obsevar-lhesezzzezze então, as belusazzezzzeee molhadazzze zzze coladaseezzze zzze às zzze zzzze curvaseeezzzezzze dos corpozzze zzze zzzze.
Depois hoube aquilo do vinte e cinco do quatro, aquela malandragem zzze zzze que beio zze zzzze estragar as coisas eezzee, destabilizar tudo zze zzze, capitães da tropa zzze zzze (até bieram os cumun...numucum...un...to...cnum.... vermelhose zzzez zze ), e destruiram tudo zze zze zze.

Valha-nos Nossa Senhora ezze ezzzzzze zzzzze.

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O HUMOR ANDA À SOLTA NO "MAR SALGADO"
(com a devida vénia a VLX):

“O VINTE E CINCO DO QUATRO, HOJE (II)”
(…)
enfim, toda aquela trapalhada própria da esquerda que, ao fim e ao cabo, o que quer é retirar os bens àqueles que os conquistaram e trabalharam por eles, para ser ela a gozar esses bens.
(…)
a seguir ao 25/4 (e, portanto, supostamente em democracia) centenas de famílias que nunca fizeram mal a ninguém tiveram de fugir de Portugal, inúmeras crianças tiveram de mudar de vida, de colégio, de ambiente, de hábitos, só porque uns quantos malucos assinavam mandatos de detenção sem razão e em branco
(…)
que os jovens tenham uma ideia correcta do que se passou e, acima de tudo, acreditem nela: houve um regime que a História do país mostrou ser necessário, que revitalizou o país, reequilibrou as finanças e a economia, que efectivamente não se baseava na democracia nem na liberdade total, que julgava dever manter a integridade do território que tinha recebido a todo o custo e que, ao lado disto, cometeu diversos erros e provavelmente perseguições injustas. Foi naturalmente derrubado, tentou-se por momentos realizar e criar um regime comunista, mil vezes pior que o anterior, e, felizmente, isso foi combatido e erradicado, permitindo-nos hoje uma vida deliciosa em liberdade e democracia
(…)


AH! AH! AH! AH! AH! AH! AH!
IMPAGÁVEL!















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Samaritana

Dos amores do redentor
não reza a história sagrada
mas diz uma lenda encantada
que o bom Jesus sofreu de amor

Sofreu consigo e calou
sua paixão divinal
assim como qualquer mortal
que um dia de amor palpitou

Samaritana plebeia de Sicar
alguém espreitando te viu Jesus beijar
de tarde quando foste encontrá-lo só
morto de sede junto à fonte de Jacob

E tu risonha acolheste
o beijo que te encantou
serena, empalideceste
e Jesus Cristo corou

Corou por ver quanta luz
irradiava da tua fronte
Quando disseste “ó bom Jesus,
que bem eu fiz, Senhor, em vir à fonte”.


(Edmundo Bettencourt)








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quarta-feira, abril 28, 2004

A mulher de Samaria

4:1 E, quando o senhor veio a saber que os fariseus tinham ouvido que Jesus fazia e baptizava mais discípulos do que João
4:2 (ainda que Jesus mesmo não baptizava, mas os seus discípulos),
4:3 Deixou a Judeia e foi outra vez para a Galileia.
4:4 E era-lhe necessário passar por Samaria.
4:5 Foi, pois, a uma cidade de Samaria, chamada Sicar, junto da herdade que Jacob tinha dado a seu filho José.
4:6 E estava ali a fonte de Jacob. Jesus, pois, cansado do caminho, assentou-se assim junto da fonte. Era isso quase à hora sexta.
4:7 Veio uma mulher de Samaria tirar água. Disse-lhe Jesus: Dá-me de beber.
4:8 Porque os seus discípulos tinham ido à cidade comprar comida.
4:9 Disse-lhe, pois, a mulher samaritana: Como, sendo tu judeu, me pedes de beber a mim, que sou mulher samaritana (porque os judeus não se comunicam com os samaritanos)?
4:10 Jesus respondeu e disse-lhe: Se tu conheceras o dom de Deus e quem é o que te diz: Dá-me de beber, tu lhe pedirias, e ele te daria água viva.
4:11 Disse-lhe a mulher: Senhor, tu não tens com que a tirar, e o poço é fundo; onde, pois, tens a água viva?
4:12 És tu maior do que Jacob, o nosso pai, que nos deu o poço, bebendo ele próprio dele, e os seus filhos, e o seu gado?
4:13 Jesus respondeu e disse-lhe: Qualquer que beber desta água tornará a ter sede,
4:14 Mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água a jorrar para a vida eterna.
4:15 Disse-lhe a mulher: Senhor, dá-me dessa água, para que não mais tenha sede e não venha aqui tirá-la.
4:16 Disse-lhe Jesus: Vai, chama o teu marido e vem cá.
4:17 A mulher respondeu e disse: Não tenho marido. Disse-lhe Jesus: Disseste bem: Não tenho marido,
4:18 Porque tiveste cinco maridos e o que agora tens não é teu marido; isso disseste com verdade.
4:19 Disse-lhe a mulher: Senhor, vejo que és profeta.
etc”

(Novo Testamento. O santo Evangelho segundo S. João)












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terça-feira, abril 27, 2004

Serra da Lousã

Montanha tutelar da minha infância
Que mil lembranças do passado encerra...
Que nunca te assolou a dura guerra
Nem perturbou a tua amena estância
Dentre os pinhais de salutar fragrância,
Os fumos brancos dos casais da serra
Lembram manchas de neve sobre a terra
Azuladas na bruma da distância
Berço de meus avós, montanha austera
Tens nobre expressão grave e sincera
Donde irradia a paz serena e calma...
Como eu me sinto bem quando te vejo!
Ò Montanha Sagrada, o meu desejo
Seria difundir-te na minh’Alma!


E. Sanches da Gama



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Vejam bem o que aconteceu ao Major Valentim Loureiro


«Galheiro (Ir ao) – s. m.

Reprovar.
(«Eu fui ao galheiro só uma vez, mas ele já foi duas vezes»).

Sinónimos: alçar; andar; estoirar; chumbar; gatar ou gaitar; ir para o major.» (negrito nosso)

in CASTRO, Amilcar Ferreira de (1947) A gíria dos estudantes de Coimbra
Coimbra: Faculdade de Letras. Suplemento de “Biblos” n.º 7.
Pág. 76


«Major (Ir para o) - s.m.

reprovar

(«Dos vinte candidatos, só cinco não foram para o major»).

Sinónimos: alçar; andar; ir ao galheiro; estoirar; chumbar; gatar ou gaitar.

idem pág. 83




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segunda-feira, abril 26, 2004

“- Vossa excelência … - disse Kovaliov, num esforço para ganhar coragem -, vossa excelência …
- O que deseja o senhor? – perguntou o nariz virando-se para ele.
- Acho estranho que vossa excelência … acho que … o senhor tem que saber qual é o seu lugar. Encontro-o agora, e onde? Numa igreja. Tem que concordar que…
- Desculpe, não compreendo do que está a falar… Faça favor de explicar-se.
“Como vou explicar-lhe?” – pensou Kovaliov e, recobrando o ânimo, começou:
- Sem dúvida, eu … para todos os efeitos, sou major. Para mim, andar sem nariz, tem de concordar, é andar descomposto. Uma vendedeira qualquer pode ir para a ponte Voskressénski vender laranjas descascadas sem nariz; mas eu, tendo por desígnio obter …além disso, sou recebido em muitas casas onde há damas: Tchekhtariova, esposa de conselheiro de estado, e outras … Julgue vossa excelência por si … não sei, cavalheiro. (Aqui o major Kovaliov encolheu os ombros). Desculpe, mas … se virmos as coisas em conformidade com as regras do dever e da honra … vossa excelência mesmo compreenderá…
- Não compreendo absolutamente nada – respondia o nariz. – Faça favor de esclarecer melhor.
- Saiba vossa excelência – disse Kovaliov com dignidade -, que não sei como interpretar as suas palavras … Parece-me que o assunto é absolutamente claro … Ou o senhor deseja … é que o senhor é o meu próprio nariz!
O nariz olhou para o major e carregou um pouco os sobrolhos.
- Está vossa excelência muito enganado. Eu sou apenas de mim próprio. Além disso, não poderia haver entre nós quaisquer relações de tanta intimidade. A julgar pelos botões do seu uniforme, o senhor presta serviço no departamento de um ministério que não o meu.
Dizendo isto, o nariz virou-lhe as costas e continuou a rezar.”

(Nikolai Gógol, 1836)
















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Havia um galo garanhão, mas já velho, que fazia o serviço às galinhas. No entanto, o dono comprou um galo
jovem e forte para o galinheiro, para ter mais ovos.
Claro que o velho não podia competir, e o
novo pensava logo que eram todas só para ele.
Então vai o galo velho para o novo:
- Olha, eu sei que és vigoroso e forte, e só
queria que me desses duas ou três galinhas, o resto é teu.
- Qual quê? É tudo meu, ó velhadas!
- Então fazemos assim: fazemos uma corrida.
Vinte voltas ao galinheiro. Quem ganhar, pode ficar com as
galinhas todas.
- Uma corrida, velhadas?! Ah, ah, ah! Até te
dou 10 voltas de avanço! Podes começar!
Então começam os galos na corrida à volta do
galinheiro. Quando o galo novo estava atrás do galo velho e pronto
para ganhar a corrida, ouve-se um disparo.
O dono do galinheiro matou o galo novo e diz:
- Foda-se, é o quinto galo gay que compro
este mês...


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A INTERNACIONAL


De pé, ó vítimas da fome!
De pé, famélicos da terra!
Da ideia a chama já consome
A crosta bruta que a soterra.
Cortai o mal bem pelo fundo!
De pé, de pé, não mais senhores!
Se nada somos neste mundo,
Sejamos tudo, oh produtores!

[Refrão] (bis)

Bem unidos façamos,
Nesta luta final,
Uma terra sem amos
A Internacional.
Messias, Deus, chefes supremos,
Nada esperemos de nenhum!
Sejamos nós quem conquistemos
A Terra-Mãe livre e comum!
Para não ter protestos vãos,
Para sair deste antro estreito,
Façamos nós por nossas mãos
Tudo o que a nós diz respeito!

[Refrão] (bis)

Bem unidos façamos,
Nesta luta final,
Uma terra sem amos
A Internacional.
Crime de rico a lei o cobre,
O Estado esmaga o oprimido.
Não há direitos para o pobre,
Ao rico tudo é permitido.
À opressão não mais sujeitos!
Somos iguais todos os seres.
Não mais deveres sem direitos,
Não mais direitos sem deveres!

[Refrão] (bis)

Bem unidos façamos,
Nesta luta final,
Uma terra sem amos
A Internacional.
Abomináveis na grandeza,
Os reis da mina e da fornalha
Edificaram a riqueza
Sobre o suor de quem trabalha!
Todo o produto de quem sua
A corja rica o recolheu.
Querendo que ela o restitua,
O povo só quer o que é seu!

[Refrão] (bis)

Bem unidos façamos,
Nesta luta final,
Uma terra sem amos
A Internacional.
Fomos de fumo embriagados,
Paz entre nós, guerra aos senhores!
Façamos greve de soldados!
Somos irmãos, trabalhadores!
Se a raça vil, cheia de galas,
Nos quer à força canibais,
Logo verá que as nossas balas
São para os nossos generais!

[Refrão] (bis)

Bem unidos façamos,
Nesta luta final,
Uma terra sem amos
A Internacional.
Somos o povo dos ativos
Trabalhador forte e fecundo.
Pertence a Terra aos produtivos;
Ó parasitas, deixai o mundo!
Ó parasita que te nutres
Do nosso sangue a gotejar,
Se nos faltarem os abutres
Não deixa o sol de fulgurar!

[Refrão] (bis)

Bem unidos façamos,
Nesta luta final,
Uma terra sem amos
A Internacional!
















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domingo, abril 25, 2004

Calma Mano 13

A melhor coisa que a gente tem a fazer é utilizar o nosso disfarce de GOLD FINGER pois é o único que pode mexer à vontade nos chamados pitos doirados

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sexta-feira, abril 23, 2004

Protesto:

É sempre a mesma coisa. São sempre os mesmos a papar do bom, e o ossos ficam para a arraia miúda.
Se há pito doirado, ele deve ser para todos.
Também queremos pitos doirados para a gente.







(Metralhas evolucionários)







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a CONSTITUIÇÃO foi modificada.

agora é que vai ser ...















(bocejo)












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a QUADRILHA é um bando de ladrões ou salteadores
a QUADRILHA somos nós.

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quinta-feira, abril 22, 2004

Era uma rapariga tão desavergonhada, tão desavergonhada
que pensava que desabrochar...
era tirá-lo da boca!



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«Em 1814 a população da provincia de S. Paulo se achava repartida da maneira seguinte:

Homens brancos.......................................... 53,653
Mulheres id .............................................. 50,297
Homens livres indios e mestiços ................. 21,074
Mulheres id id ................... 22,979
Homens livres, pretos ................................. 1,771
Mulheres id id ................................. 2,179
Homens escravos ........................................ 25,605
Mulheres id ....................................... 21,806
TOTAL ..........199,364

Em 1829 por outro recenseamento constava esta mesma população de 306,581 individuos, repartidos nas seguintes classes:

Homens livres ............................................. 105,741
Mulheres id ............................................. 110,128
Homens escravos ...................................... 54,581
Mulheres, id ...................................... 36,131
TOTAL ....... 306.581

Em 1833, dous annos depois da abdicação do imperador D. Pedro I, tinha-se elevado a mesma população a 320,000 habitantes, e actualmente
(em 1854 data da publicação da presente obra) é avaliada em 360,000, (...)»

in PEREIRA, João Felix (1854) Chorographia do Brasil
Lisboa: Imprensa Evangelista. Pág. 252-253

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ABRIL É OVULAÇÃO

ABRIL É MAQUINAÇÃO

ABRIL É TRANSFORMAÇÃO

ABRIL É TRANSFIGURAÇÃO

ABRIL É ...

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terça-feira, abril 20, 2004

LIBERDADE PARA O CAMARADA VALENTIM METRALHA - GRANDE ELECTRODOMESTICADOR DA CLASSE OPERÁRIA

EVOLUÇÃO. JÁ!

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(EN)ROSCA

Alguns membros da tripulação do Mar Salgado andam a postar muito sobre a questão da rosca moída, questão transcendente e de grande acuidade no belogue referido.
Como toda a gente sabe uma rosca moída é meio caminho andado para a lassidão de um dos pontos de fixação, podendo toda a estrutura entrar em colapso.

Por outro lado, a questão da rosca moída pode ser colateral no Mar Salgado, tendo em atenção a posta de VLX (ROSCA MOÍDA IV) onde opina sobre o seu gosto por uma «bela, grande e fofa regueifa» onde possa passar a faca bem untada de manteiga (até rima!).
Aqui os manos, seguindo os ensinamentos de uma cartilha intitulada o Último Tango em Paris (1972), também se pelam por uma boa regueifa acompanhada por um pacote de manteiga (com sal)...

Tenho para mim que o Comandante Zero vai ter que meter o navio em doca seca para poder ser feita uma revisão cuidada dos elementos de fixação, tais como os parafusos e/ou porcas. Em última análise poderá mudar o que apresentar lassidão no aperto, ou mesmo utilizar anilhas (das simples ou de pressão) para separação dos dois elementos.




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Histórias (Metralha de Embalar)...


Portugueses são Caranguejos Portugueses!
(pregão popular)


Dois Caranguejos Portugueses andavam pela praia quando, às tantas, encontraram um chouriço.
Diz um para o outro:

- Olha, já temos um chouriço para o almoço, mas agora falta o pão. Vai tu buscar o pão que eu fico a guardar o chouriço.

- Eu não - diz o outro - assim que eu me afastar tu comes o chouriço.

- Não sejas parvo. Prometo-te que não o farei, e dou-te a minha palavra de honra.

- Ná, ná. Vamos antes tirar à sorte.

Assim fizeram, e o que teve azar fartou-se de recomendar:

- Eu vou buscar o pão, mas tu não tocas no chouriço enquanto eu não regressar!

- Está bem, já prometi que não lhe tocarei. Apressa-te, anda, vai...

Passaram horas, passaram dias, semanas, meses, a maré enchia e vazava e o Caranguejo Português sempre de guarda ao chouriço, fiel à promessa que fizera.
Ao fim de muitos anos, já quase sem dentes o velho Caranguejo Português pensou "ele já morreu, nunca mais voltou e eu estou aqui feito parvo a guardar o chouriço que já mal poderei comer. Vou pelo menos prová-lo enquanto ainda posso ..."
E quando se prepara para abocanhar o chouriço, salta o outro Caranguejo Português - já velho também - de trás de uma pedra, aos gritos:

- Eu bem que desconfiei de ti! Se tocas no chouriço não vou buscar o pão!





(encontrada no baú da Vóvó Metralha)




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segunda-feira, abril 19, 2004

Não há nada como uma carinha laroca

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R(EVOLUÇÃO)


Em plena manif, avenida abaixo, gritavam todos:
- “Revolução! Revolução! Revolução!”
Mas de entre as vozes, destacava-se uma que soava diferente:
- “Menstruação! Menstruação! Menstruação!”
Foi prontamente sugerida a correcção:
-“ Camarada, não é menstruação, é revolução. É a revolução, camarada!”
E a resposta:
- “Camarada, Revolução, menstruação, vai tudo dar ao mesmo. O que interessa é que haja sangue!”

(esta já tem barba e patilhas brancas, e as socas gastas)






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HISTÓRIAS (METRALHA) DE EMBALAR
(recebida na caixa de correio do esconderijo secreto)




"Um dia uma Dona de Casa, apanhava gravetos e lenha miúda para o fogão, para fazer o almoço para a família. Ao cortar um galho de uma árvore já tombada na margem do rio, o machado caiu dentro da água.
A mulher suplica a Deus que lhe aparece e pergunta:

- Porque choras?".

A mulher responde que o machado se tinha perdido no rio. E Deus entra nas águas, das quais tira um machado de ouro, e pergunta:

- É este o teu machado?"

A nobre mulher responde:

- Não Deus, não é esse."

Deus entra novamente no rio e desta vez tira um machado de prata:

- E este é o teu?"

- Também não", responde a Dona de casa.

Deus volta ao rio de onde tira um machado de ferro e pergunta:

- É este o teu machado?"

- Sim, responde a nobilíssima mulher.

Deus estava contente com a sinceridade da mulher, e mandou-a de volta para casa dando-lhe de presente os 3 machados.


Um dia, a mulher e seu amantíssimo marido estavam a passear pela mrgem do rio quando ele tropeçou e caiu à água. A infeliz mulher então, chora, grita e suplica a Deus que aparece e pergunta:

- Mulher, porque choras?"

A mulher responde que o seu esposo caiu no rio, e imediatamente Deus mergulha e retira das águas o Tom Cruise, e pergunta:

- É este o seu marido?"

- Sim, sim. É ele." - responde a mulher, e Deus enfurece-se.

- "Mulher mentirosa e pecaminosa !!!", exclama.

Mas a mulher rapidamente explica:

- Deus, perdoe-me, foi um mal entendido. Se eu dissesse que não, então o Senhor tiraria o Brad Pitt do rio, depois se eu dissesse que não era ele, o Senhor tiraria o meu marido, e quando eu dissesse sim" o Senhor mandaria que eu ficasse com os 3. Mas eu sou uma humilde e honesta mulher e não poderia cometer tamanho adultério... só por isso eu disse 'sim' para o primeiro deles."

E Deus achou justo, e perdoou-a.


Moral da história: As mulheres mentem de um jeito tal que até Deus acredita."














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sábado, abril 17, 2004

Ora Ramones, Ramones não me a lembro

Mas se me falarem na RAMONA, ou seja, o meio de transporte utilizado pela polícia para nos levar para a esquadra, mais concretamente nos carochas conhecidos no meio estudantil como “Níveas”…



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sexta-feira, abril 16, 2004

Passa-se algo de estranho aqui ...

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RECEITAS TRADICIONAIS METRALHA

"PÃO COM MANTEIGA E FIAMBRE"

Ingredientes:

Um pão (papo-seco, bico, ...)
10g Manteiga
2 tiras de fiambre

Procedimento:

Abrir o pão em dois com a ajuda de uma faca (serrilhada de preferência)
Espalhar a manteiga barrando uma das metades do pão, no miolo (parte inerior)
Colocar as duas tiras de fiambre
Cobrir com a metade restante do pão.

Et voilá
Está pronto a comer.



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THE RAMONES

Em 15 de Abril de 2001 com 49 anos, morreu o Rei do Punk, Joey Ramone.

In 1974, the Ramones shaped the sound of punk rock in New York with simple, fast songs, deadpan lyrics, no solos, and an impenetrable wall of guitar chords.

On November 30, 2003 the City of New York officially named the corner of Bowery and Second Street "Joey Ramone Place"





I Wanna Be Sedated
Twenty-twenty-twenty four hours to go
I wanna be sedated
Nothing to do
Nowhere to go
I Wanna be sedated
Just get me to the airport
And put me on a plane
Hurry hurry hurry before I go insane
I can't control my fingers
I can't control my brain
Oh no oh no
Just put me in a wheelchair
And get me to the show
Hurry hurry hurry before I go loco
I can't control my fingers
I can't control my toes
Oh no oh no

Now I Wanna Sniff Some Glue
Now I wanna sniff some glue
Now I wanna have somethin' to do
All the kids wanna sniff some glue
All kids want somethin' to do



Anos mágicos ...
Ainda tinhamos as cabeças todas iguais - refiro-me ao cabelo obviamente - e ainda ouviamos bem. A surdez veio mais tarde.



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quinta-feira, abril 15, 2004

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COUCE DE MALHÃO - A CAPITAL DA TRIBOLITE


Na região Centro de Portugal há uma aldeia chamada Couce de Malhão, esquecida no meio das serras.
Em tempos foi habitada por muitos pastores. Nesse tempo de pastores e pastoras, ainda havia crianças em Couce de Malhão.
Hoje, anos depois de gestão engravatada do país, a partir de Lisboa, só restam velhos em Couce de Malhão.
O único homem novo tem cerca de 30 anos e é o "tonto" da aldeia que por isso ficou para trás.




Actualmente estão em estudo, processos de revitalizar aquela terra cuja história é anterior ao próprio país.
1- A industrialização de Couce de Malhão:

Um grupo de 2 empresários visionários, apresenta um projecto que consiste na criação de uma Indústria de Produção de Fósseis, em Couce de Malhão.
Propõe-se o arranque da produção com 100 000 unidades de "Tribolites" (que serão fósseis fabricados em unidade de pressão - que em boa verdade é uma panela Silampus praticamente nova). A matéria prima é o cascalho da Serra moido no Moinho Velho de Couce de Malhão (a reconverter com mós apropriadas para o efeito) respeitando o ambiente e as normas de moagem .
A concepção do produto "TRIBOLITES" foi criado (está em projecto) a partir dos fósseis Paleozóicos, Trilobites.
Cada TRIBOLITE será formada por três segmentos arredondados designados cada um por bolum.
O produto final ficará disponível em várias côres, e a preços para revenda estimados em 9 cêntimos vezes três, ou seja, aproximadamente 27 cêntimos.

A TRIBOLITE tem em um dos bolum, três olhos, trifacetados.
Tem três extremidades fósseis locomotoras (paleomóveis) e não apresentará quaisquer orificios fósseis vestigiais, o que muito espantará toda a gente.
O produto TRIBOLITE será lançado em séries especiais com banho de ouro, em diversos tamanhos.

Há intenção de tornar Couce de Malhão conhecida pela "Capital da TRIBOLITE", com realização da "Feira Fóssil" e do Campeonato Europeu do Jogo do Pau. Para esse efeito, lançar-se-á um concurso internacional de ideias para a concepção do recinto apropriado para realização desses eventos.


(propostas e outras ideias serão bem acolhidas)














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Para os amantes do SWING

Não, não se trata da famosa música de origem norte-americana onde se insere o Swing, Big Band & Jazz.
Este anúncio é para informar a estimada clientela do outro SWING, dado já se encontrar novamente no mercado o conhecido e apreciado CASAL VENTOSO, totalmente renovado (nova gerência e múltiplas operações plásticas) e apto a novas performances sem rede de protecção.

Cães, gatos e cobras tudo havia no circo voador,
mas a maior atracção era o rapazinho do catrapázio voador

excerto do Hino Pitagórico


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EU ONTEM ESTIVE A APRECIAR OS NOSSOS POLÍTICOS na A.R.

primeiro ri-me à farta mas hoje que já estou em mim,
estou com medo, muito medo ...

Ontem o Ministro Theias das Cidades e do Ordenamento do Território e do Ambiente esteve no Parlamento.
Quando apanhei a emissão do "canal parlamento", já a procissão tinha saido ... e o Senhor Primeiro Ministro Durão Barroso idem.
Às tantas, o Senhor Ministro Theias das Cidades e do Ordenamento do Território e do Ambiente falou (houve uns cortes na emissão que não permitiram apreciar na integra o que o Senhor Ministro Theias das Cidades e do Ordenamento do Território e do Ambiente disse).
Juro que chorei. Primeiro de riso, depois de choro chorão choramingas e choramingão (baba e ranho de tristeza).
Já tenho visto cenas hilariantes antes, em sessões da AR, mas a performance do Senhor Ministro Theias das Cidades e do Ordenamento do Território e do Ambiente, bateu tudo o que vi ...
O Senhor Ministro Theias das Cidades e do Ordenamento do Território e do Ambiente será recordado no mesmo canto de memória onde estão guardados os Monty, o Benny Hill, etc ...

Mas, se o Senhor Ministro Theias das Cidades e do Ordenamento do Território e do Ambiente tem jeito para as artes circenses, não demonstra iguais aptidões para ocupar um lugar de liderança (nem para chefe da cantina do Ministério).
O Senhor Ministro Theias das Cidades e do Ordenamento do Território e do Ambiente não tem uma só ideia do que é uma ideia para o Ministério que comanda.
O Senhor Ministro Theias está para o Ministério das Cidades e do Ordenamento do Território e do Ambiente, como um cego está para Camionista de Longo Curso
Ficou provado e obvio que o MINISTÉRIO DO AMBIENTE NÃO EXISTE
ou não interessa que exista, que ESTÁ À DERIVA (OU ENCALHADO SE SE PREFERIR) no que respeita às áreas que tutela.
Certo, certo, é que não há ninguém ("a sério") no leme.
Outrossim, o Senhor Secretário de Estado do Ambiente estando provavelmente a gozar férias de Páscoa, ou outras, não colocou os pézinhos na Assembleia. A bem dizer, ainda bem uma vez que o exagero nas doses mesmo que sejam de anedotas, ainda por cima deste gabarito, pode causar danos severos aos nossos sistemas nervosos.

Assim é o estado das Cidades, do Ordenamento do Território e do Ambiente a arcar com eles.
Quanto a estes estaremos perdidos?
Com exemplares destes, estamos!










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FORCA PORTUGAL ?
(não obrigado)

FORCA PORTUGAL ?
(não obrigado)

FORCA PORTUGAL ?
(não obrigado)



Forca
- Instrumento para suplício do enforcamento, da estrangulação. Consiste em um ou mais espeques verticais, com uma viga atravessada ao alto, da qual se suspende(m) o(s) condenado(s).
(RD, Dic Encicl. Língua Portuguesa)



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quarta-feira, abril 14, 2004

Comentário à posta anterior, ao Mano 69, e aos escritos do poeta T. Passarinho:

Atentai no último "verso" deste poeta
Da maneira como as coisas vão, a coisa é mais FORCA que força PORTUGAL


FORCA PORTUGAL ?
(não obrigado)






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Do nosso arguto e atento leitor - Toninho Passarinho - recebemos este e-mail que passamos a transcrever na integra.
Para quem não perceba o seu intrínseco significado, desde já informamos a estimada freguesia que TP sofre de diarreia mental tendo inclusivamente e de uma forma associada, frequentes ataques de caspa.
Nas palavras do eminente parapsicólogo e medicinas alternativas, Dr. C.Orno Manso, «Toninho Passarinho é um adicto em fauna nocturna portuguesa», sic, televisão independente.


Os óleos foram muitos e diversos.
A vida por vezes inesperada, mas surpreendente
Que nos vai empurrando para
A senil idade.

Agora que os bacalhaus foram comidos pelas focas;
O óleo passa de modesto, a rico produto da farmacopeia
Onde o contrabando irá beber mais umas aventuras
Pró Mano 13, o óleo, é discursivamente inacessível...

Mas no fundo
sempre que boceja não esquece o sabor amargo das comissuras

Que lindo MANO
Que linda Senil IDADE
Todos estaremos atentos
O mano quer óleo de fígado dos bacalhau, que padecem da extinção dos vivos

Força Portugal!




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O mano 13 anda a necessitar de tomar umas colheres de sopa, em jejum, deste produto:

ÓLEO DE BACALHAU

Oleum Jecoris (N.I.)
Óleo de Fígado de Bacalhau

Obtido por exsudação dos fígados frescos do Gadus Morrhua LINN. (Morrhua vulgaris CLOQ.), do Gadus Callarias LINN. (Morrua Callarias CUV.), do Gadus Merlangus LINN. (Merlangus vulgaris CUV.) e de outras espécies congéneres, Malacopterígeos, do norte do Atlântico.

Líquido límpido, de côr amarelada; cheiro e sabor privativos suaves, não repugnantes; solúvel no éter, no clorofórmio e no sulfureto de carbone; pouco solúvel no alcool. Resfriado a 0º e mantido a esta temperatura por 3 horas não turva.
Emprego: Emulsão de óleo de bacalhau, composto. Óleo de bacalhau fosforado.

in FARMACOPEIA PORTUGUESA. EDIÇÃO OFICIAL
Imprensa Nacional de Lisboa. 1935. pág. 365-366.

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terça-feira, abril 13, 2004

EM MEMÓRIA de António (Tó) Nogueira
Autor da letra e grande intérprete desta música da Orxestra Pitagórica.

Eu quero cagar!
Eu quero cagar!
Eu quero sentado,
Eu quero deitado,
Eu quero em pé.

Eu quero cagar!
Eu quero cagar!
Eu quero cagar,
Enquanto o cu tiver maré.

Quando fores ao cagatório,
Vê lá o que vais fazer.
Se o cagalhão for grosso,
Fica-te o cu a doer!

BIS

Tudo pode acontecer,
Tudo pode suceder.
Papel fino rasgar,
E o dedo no cu meter!

BIS

No caso de querer ouvir o tema com letra e música da Orxestra Pitagórica, pode fazê-lo aqui.

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8) Eça de Queirós. O PRIMO BASÍLIO (Primeira edição em 1878)

Inspirada na obra de Flaubert, Madame Bovary, (ver resumo já publicado) retracta a burguesia lisboeta em toda a sua banalidade, apresentando-nos um triângulo amoroso constituído pelos vértices: a tola Luisa; o marido desta, o medíocre engenheiro Jorge; e o primo pelo qual Luisa fora apaixonada na sua adolescência, de nome Basílio. Este, apercebendo-se que a sua prima estava só (em todos os sentidos) decide conquistá-la, colocando em prática o velho provérbio “quanto mais prima, mais se lhe arrima”. Para tal conta com o facto de Luisa ser uma seguidora dos ditames da moda, nomeadamente dos que provinham de Paris de França, e o que estava em voga era as mulheres terem um amante.
Basílio consegue assim endrominar a prima arrastando-a para o ninho do amor baptizado de Paraíso, local dos encontros amorosos. Mas a criada Juliana que tinha ambição de ser o primeiro prato da refeição, descobre uma carta amorosa do casal e passa a chantagear a patroa.
Basílio que não gostava de sopa deixa Lisboa e Luisa (por esta ordem), a prima incapaz de arranjar dinheiro para pagar o silêncio da criada acaba por servir de escrava a Juliana (será que Eça aflora aqui uma amizade lilás?).
O corno manso, digo, o engenheiro Jorge acaba por retorna ao lar conjugal, Luisa, ajudada pelo amigo Sebastião, um pobre e servil rapaz (é muita coisa junta), acaba por recuperar a carta incriminadora. Mas abalada, morre sem saber que Jorge descobrira tudo e a perdoara.
De volta a Lisboa, Basílio, ao saber da morte da prima, lamenta não ter trazido a sua amante parisiense para alegrar a pasmaceira.
Eça de Queirós cria uma obra em que não existe uma personagem heróica, todos são movidos por interesses mesquinhos e guiados pelas aparências, uma verdadeira telenovela da TVI.


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segunda-feira, abril 12, 2004

Continuação dos resumos de literatura Metralha.


7) Eça de Queirós. OS MAIAS (Primeira edição de 1888)

Conta a história de três gerações da família Maia (não são os de etnia cigana) começando com Afonso da Maia e o seu filho Pedro da Maia, continuando com o neto do primeiro e filho do segundo – Carlos da Maia – que após o suicídio de Pedro fica a viver com Afonso.
Carlos forma-se em medicina em Coimbra, regressa a Lisboa (ao Ramalhete), convive com os amigos e amigas, apaixona-se perdidamente por Maria Eduarda que por sua vez também já era amante de Castro Gomes.
Entretanto chega de Paris, não a cegonha, mas um mensageiro que traz um cofre com documentos para Maria Eduarda que identificam a sua progenitora e lhe garantem uma choruda herança.
No entanto no melhor pano cai a nódoa, Maria de Monforte é não só a mãe de Maria Eduarda como também... de Carlos da Maia. Incesto, incesto clama a sociedade lisboeta. Carlos não se preocupa mas Maria acaba por partir para o estrangeiro.
Carlos da Maia para se distrair vai correr o mundo, só regressando à santa terrinha passado dez anos onde reencontra João da Ega que lhe diz «falhamos a vida, menino!».


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quinta-feira, abril 08, 2004

ESTE ANO, TAL COMO ACONTECE COM A MAIORIA DOS PORTUGUESES, NÃO HÁ "GRAVETO" PARA IR PASSAR A PÁSCOA AO SUL ...
nem a lado nenhum

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KoDaK!

É uma pena eu não conseguir colocar fotos neste belogue.
E só não o consigo fazer por ignorância dos procedimentos.
O que já não é pouco.
Se o conseguisse fazer, mostraria ao mundo a última das relíquias alfarrábicas do Mano 6969: uma reprodução, adquirida em baixa de preços, de desenho rupestre adaptado a tatuagem que o mano gravou (com ajuda de um espelhinho de carteira de senhora - roubada, claro) na própria nádega esquerda. Uma auto-mutilação voluntária, portanto, à mistura com uma pitada de torcicolo de efeito colateral.








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Quando não há inspiração, sai uma posta-citação
(provérbios metralha)




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quarta-feira, abril 07, 2004

O PAÍS ESTÁ DEPRIMIDO ?
HÁ QUE METER MÃOS À OBRA
VAMOS "SER POSITIVOS"

VAMOS LÁ ANIMAR

CANTEMOS TODOS, VÁ




This is the end, Beautiful friend
This is the end, My only friend, the end
Of our elaborate plans, the end
Of everything that stands, the end
No safety or surprise, the end
I'll never look into your eyes...again
Can you picture what will be, So limitless and free
Desperately in need...of some...stranger's hand
In a...desperate land
Lost in a Roman...wilderness of pain
And all the children are insane, All the children are insane
Waiting for the summer rain, yeah
There's danger on the edge of town
Ride the King's highway, baby
Weird scenes inside the gold mine
Ride the highway west, baby
Ride the snake, ride the snake
To the lake, the ancient lake, baby
The snake is long, seven miles
Ride the snake...he's old, and his skin is cold
The west is the best, The west is the best
Get here, and we'll do the rest
The blue bus is callin' us, The blue bus is callin' us
Driver, where you taken' us
The killer awoke before dawn, he put his boots on
He took a face from the ancient gallery
And he walked on down the hall
He went into the room where his sister lived, and...then he
Paid a visit to his brother, and then he
He walked on down the hall, and
And he came to a door...and he looked inside
Father, yes son, I want to kill you
Mother...I want to...fuck you
C'mon baby, take a chance with us X3
And meet me at the back of the blue bus
Doin' a blue rock, On a blue bus
Doin' a blue rock, C'mon, yeah
Kill, kill, kill, kill, kill, kill
This is the end, Beautiful friend
This is the end, My only friend, the end
It hurts to set you free
But you'll never follow me
The end of laughter and soft lies
The end of nights we tried to die
This is the end

The Doors (1982), The End



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Dos saques ou pilhagens


«A esperança de conseguir apanhar gados e outros roubos, antes da vitória e certeza do chamado “direito de saque” depois dela, é quem facilita e até persuade os riscos e perigos à gente ordinária que segue a profissão das armas. A razão, que torna mais forte este assentimento, está em que esta espécie de gentes, regularmente, não tira outro prémio da guerra, sendo-lhe iguais os trabalhos a todos os que por ela vêm depois gozar de grandes honras e riquezas. Mas na jurisdição da prudência do Capitão-General está o determinar os casos em que tal modo de saque é lícito ou ilícito, conveniente ou nocivo ou serviço do Príncipe

(MELO: 1971:79-80)

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terça-feira, abril 06, 2004

Dos Espiões


«É uso seguido na milícia e matéria de Estado, observado por todos os príncipes e famosos capitães, o introduzir espiões nas cidades, nos exércitos e praças inimigas, o ter negociações secretas e tratos com alguns deles , para assim se poderem aproveitar suas ocultas notícias sobre as coisas úteis à guerra, antes de chegarem ao conhecimento do vulgo, que de ordinário, as reparte viciadas, ao fazê-las chegar aos ouvidos dos outros. Para tal efeito deve o Capitão-General trazer, criar e acariciar alguns estrangeiros práticos nas línguas e no seu modo inteligente e activo, mas, sobretudo, com grande experiência de serem pessoas fiéis. Estas pessoas, manhosamente, devem entrar e sair no acampamento inimigo, informando-se particularmente do seu poderio e dos seus desígnios. (...) É que deve-se pôr sempre a mira naquilo que se vai fazer, para que das acções se tirem ainda resultados muito superiores aos da acção em si mesma.»

in MELO, D. Francisco Manuel de – Política Militar em Avisos de Generais.
Tradução, comentários e estudo sobre o autor por Reis Brasil. Tomar: Separata da Revista CNA – Orgão dos Colégios Nun´Alvares. 1971. Pág. 59-60.


D. Francisco Manuel de Melo nasceu em Lisboa em 1608 e faleceu na mesma cidade (Alcântara) em 1666, poeta ilustre, historiador, militar e diplomata teve uma existência acidentada, manifestando desde muito novo excepcionais dotes literários. Serviu no exército de Filipe IV de Espanha, tendo participado nas campanhas contra a Catalunha, com o advento da Restauração, em 1640, D. Francisco Manuel adere à causa de D. João IV. No entanto, levanta suspeitas de um lado e de outro. Tendo conhecido a prisão tanto em Espanha como em Portugal. A sua obra é vasta e uma parte dela encontra-se inédita.
A presente obra é denominada no original como “Politica Militar em avisos de Generales. Escrita al Conde de Linares, Marquez de Viseo (...)” – Madrid. Imprensa de Francisco Martinez – 1638. Foi reeditada em Lisboa em 1720 e em Madrid em 1883.
Reis Brasil é o pseudónimo de José Gomes Braz (1908).




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segunda-feira, abril 05, 2004

OH! CARVALHO ... Será que estou a ver a dobrar?


«A sr.ª D. Maria Amalia Vaz de Carvalho, no seu livro Mulheres e Creanças, asseverava que não ha mulher que não tenha tentações mais ou menos intensas, mais ou menos fugitivas, as quaes se chamam horas más e que só se pode fugir d´esse perigo recorrendo ao trabalho. Não, porém a certos brinquedos, a que a autora chama hipocrisia da preguiça e que servem apenas para quem se entrega a esses serviços fingir que faz alguma coisa. Esses esforços, além de serem inúteis, não obstam a que a imaginação continue levantando os seus voos emquanto se continua nesses bordados.»

(CARVALHO. 1925:{X})


Se um Carvalho incomoda muita gente dois Carvalhos incomodam muito mais...

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Para quê perder tempo a ler milhares de páginas?!?!??!

Aparente inteligência e conhecimento!

Leia apenas os resumos!

Com toda a comodidade. Guarde o seu tempo para assuntos verdadeiramente importantes!

(recebido na caixa de correio electrónico do esconderijo secreto)


1) Marcel Proust. À Ia recherche du temps perdu. Paris, Gallimard. 1922 (I.ere edition) - À procura do tempo perdido. Livros do Brasil Colecção Dois Mundos). 1965
Resumo: Um rapaz asmático sofre de insónias porque a mãe não lhe dá um beijinho de boas-noites. No dia seguinte (pág. 486. I vol.), come um bolo e escreve um livro. Nessa noite (pág. 1344. VI vol.) tem um ataque de asma porque a namorada (ou namorado?) se recusa a dar-lhe uns beijinhos.
Tudo termina num baile (vol. VII) onde estão todos muito veIhinhos e pronto.

2) Leão Tolstoi, Guerra e Paz, (1800 páginas)
Resumo: Um rapaz não quer ir à guerra e por isso Napoleão invade Moscovo. A rapariga casa-se com outro. Fim.

3) Luís de Camões, Os Lusíadas (várias edições), versão portuguesa de João de Barros)
Resumo: Um poeta com insónias decide chatear o rei e contar-lhe uma história de marinheiros que, depois de alguns problemas (logo resolvidos por uma deusa porreiraça), têm o justo prémio numa ilha cheia de gajas boas.

4) Gustave Flaubert, Madame Bovary, (378 páginas)
Resumo: Uma dona de casa engana o marido com o padeiro, o leiteiro, o carteiro, o homem do talho, o merceeiro, e um vizinho cheio de massa. Envenena-se e morre.

5) William Shakespeare, Hamlet, Londres, Oxford Press
Resumo: Um príncipe com insónias passeia pelas muralhas do castelo, quando o fantasma do pai lhe diz que foi morto pelo tio que dorme com a mãe, cujo homem de confiança é o pai da namorada que entretanto se suicida ao saber que o príncipe matou o seu pai para se vingar do tio que tinha matado o pai do seu namorado e dormia com a mãe. O príncipe mata o tio que dorme com a mãe, depois de falar com uma caveira e morre, assassinado pelo irmão da namorada, a mesma que era doida e que se tinha suicidado.

6) Anónimo colectivo. Novo Testamento (4 versões)
Resumo: Uma mulher com insónias dá à luz um filho cujo pai é uma pomba. O filho cresce e abandona a carpintaria para formar uma seita de pescadores. Por causa de um bufo, é preso e morre crucificado.












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MESTRES MANOS METRALHAS


Grandes Espiritualistas e Videntes especializados


Competentes, com mais de vinte anos de experiência, resolvem todos os problemas com poderes absolutos de magia conhecedores de casos de magia negra e branca. Resolvem com rapidez, o máximo sete dias, o sucesso no seu futuro depende da sua decisão, todo o homem ou mulher pode ser enfeitiçado fica preso a si e fazer tudo o que você quiser, poderá obter domínio absoluto sobre qualquer pessoa amada! Decide pelo melhor: Unir familiares, amor, saúde, negócios, prender e desviar, afastar e aproximar pessoas amadas, tratar com êxito impotência sexual (feminina), doenças espirituais, alcoolismo, com forte talismã para os maus olhados e invejas no máximo de 24 horas. Considerados uma das melhores duplas profissionais em Portugal.
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sexta-feira, abril 02, 2004

É do CARVALHO!


«A medicina e a experiencia(1) dizem que, em geral, no campo de certas precisões(2) o homem carece mais da mulher do que esta de quem pertence ao sexo feio. Pode por isso uma rapariga, fora de determinadas circunstancias(3), opor grandes dificuldades aos desejos amorosos do seu pretendente(4). Alem d´isto a sociedade(5) é muito severa para com a filha d´Eva, esse ente coberto pela luz do sol e pela graça das estrelas(6), e d´aí vem(7), em muitos casos, a imperiosa necessidade(8) do belo sexo esconder o seu sentir e pensar e ocultar as suas ações(9). Por este motivo diferentes mulheres se revoltam bastantes vezes contra expressões demasiadamente realistas(10) de diversos homens, mas quando estes se acham afastados ou os julgam distantes ainda vão mais longe no emprego de termos obscenos(11) do que os individuos que pertencem ao sexo mais proprio para a exibição(12) d´essas palavras, tão contrarias aos preceitos impostos pela mais pura delicadeza(13). »

(CARVALHO. 1925: {VI-VII})


(1) leia-se homens vividos
(2) boa, boa
(3) mas quais?
(4) eu quero, ela é que não quer!
(5) isso era antigamente...
(6) porque é que o gajo não diz que ela está em pêlo, ou seja, NUA!
(7) ai, ai...
(8) fujam da frente!
(9) são umas dissimuladas e fingidoras
(10) quem não se sente não é filha de boa gente!
(11) anda cá que eu racho-te, desgraçado
(12) em Coimbra havia um a quem chamavam o CUECA, que gostava muito de exibir as miudezas para as raparigas
(13) o autor pensava que as mulheres não diziam asneiras, dizem, e das cabeludas!



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quinta-feira, abril 01, 2004

Hoje, numa nota circular, o Ministério do Ambiente (MCOTA) informa que "em todos os seus sectores, o desempenho de cargos de chefia passará a ser feito apenas por aqueles ou aquelas que revelarem MÉRITO que será avaliado com base na quantidade e qualidade dos serviços efectivamente prestados, bem como nas habilitações pessoais de base de cada um".

Aqui está um bom exemplo a seguir pelos demais Ministérios.
Afinal a coragem para enfrentar a mudança, existe.

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