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terça-feira, abril 27, 2004

Serra da Lousã

Montanha tutelar da minha infância
Que mil lembranças do passado encerra...
Que nunca te assolou a dura guerra
Nem perturbou a tua amena estância
Dentre os pinhais de salutar fragrância,
Os fumos brancos dos casais da serra
Lembram manchas de neve sobre a terra
Azuladas na bruma da distância
Berço de meus avós, montanha austera
Tens nobre expressão grave e sincera
Donde irradia a paz serena e calma...
Como eu me sinto bem quando te vejo!
Ò Montanha Sagrada, o meu desejo
Seria difundir-te na minh’Alma!


E. Sanches da Gama



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