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sexta-feira, abril 02, 2004

É do CARVALHO!


«A medicina e a experiencia(1) dizem que, em geral, no campo de certas precisões(2) o homem carece mais da mulher do que esta de quem pertence ao sexo feio. Pode por isso uma rapariga, fora de determinadas circunstancias(3), opor grandes dificuldades aos desejos amorosos do seu pretendente(4). Alem d´isto a sociedade(5) é muito severa para com a filha d´Eva, esse ente coberto pela luz do sol e pela graça das estrelas(6), e d´aí vem(7), em muitos casos, a imperiosa necessidade(8) do belo sexo esconder o seu sentir e pensar e ocultar as suas ações(9). Por este motivo diferentes mulheres se revoltam bastantes vezes contra expressões demasiadamente realistas(10) de diversos homens, mas quando estes se acham afastados ou os julgam distantes ainda vão mais longe no emprego de termos obscenos(11) do que os individuos que pertencem ao sexo mais proprio para a exibição(12) d´essas palavras, tão contrarias aos preceitos impostos pela mais pura delicadeza(13). »

(CARVALHO. 1925: {VI-VII})


(1) leia-se homens vividos
(2) boa, boa
(3) mas quais?
(4) eu quero, ela é que não quer!
(5) isso era antigamente...
(6) porque é que o gajo não diz que ela está em pêlo, ou seja, NUA!
(7) ai, ai...
(8) fujam da frente!
(9) são umas dissimuladas e fingidoras
(10) quem não se sente não é filha de boa gente!
(11) anda cá que eu racho-te, desgraçado
(12) em Coimbra havia um a quem chamavam o CUECA, que gostava muito de exibir as miudezas para as raparigas
(13) o autor pensava que as mulheres não diziam asneiras, dizem, e das cabeludas!



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