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sexta-feira, fevereiro 27, 2004

AS TARTARUGAS

Uma coisa que tem causado grandes preocupações às hostes dos Metralhas é o facto das Tartarugas se moverem tão lentamente.
Esses movimentos, tão pausados, são devidos a que, por viverem na dependência directa da água, estes répteis desenvolvem reumatismo e artrites ao longo da vida o que lhes dificulta os movimentos, bem como lhes causa dores e sofrimentos que se prolongam e agravam com o passar do tempo.
Ora sabendo que as Tartarugas vivem muitos anos, bem podemos imaginar as tormentas a que estão sujeitas ao longo da sua vida.
Por outro lado, aqueles que comem sopa de Tartaruga, por vezes escaldam as línguas, se aquela estiver a uma temperatura excessiva. Contudo, os escaldões na língua devem-se mais à água quente do que à Tartaruga.
A água deve estar em franca ebulição para se cozer bem a Tartaruga por duas razões principais:
Uma, tornar as carnes mais tenras e em simultâneo permitir a mistura mais eficaz dos sucos de Tartaruga;
Duas, esterilizar a água pois esta não é de confiança, mesmo que tratada, dadas as agressões a que está sujeita por despejos de ETARS que não funcionam, pelos lixiviados agrícolas (carregados de compostos azotados), pela poluição difusa (contaminação fecal, contaminação por metais pesados, óleos, pesticidas, etc ...), pelos deficientes sistemas de distribuição, etc.
Para mais não há meios (nem vontade política) para fiscalizar a qualidade das águas dos rios, dos lagos, do mar, etc, em Portugal.
Perdida a água, ao menos que se salvem a Tartarugas.
(Tartaruguinha para interiores).





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«O commum dos Portuguezes é tão apaixonado pelas cousas estranhas, e tão pouco pelas suas; tão activo em inquerir as bondades e formosuras dos outros paizes, e tão indolente em ver e examinar o que tem ao pé da porta, que é raro entre nós não se experimentar grande estranheza ao ver alguns dos muitos e preciosos monumentos da fecundidade da natureza, ou do artificio do homem, em que abunda Portugal, como se forão plantas exoticas, d´outras regiões, em cujo seio se crê só existir tudo, quanto ha formoso e proveitoso. É profunda a raiz do mal. Occupados na leitura de livros estrangeiros, desprezamos quasi inteiramente a dos nossos escriptores, que muitas vezes descrevem lugares e successos, como se forão não só historiadores, mas pintores. (...)
Nem lemos, nem vemos o antigo; e como que tapamos os olhos, e desviamos o passeio para não observar o que é nosso.»

in SAMPAIO, A. Forjaz de (1838) Uma viagem á serra da Louzãa no mez de Julho de 1838
Coimbra: Na Imprensa da Universidade. Pag. 11

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quinta-feira, fevereiro 19, 2004

Uma polémica sobre a carne de Aveiro no séc. XIX

Antigamente as disputas sobre as mais variadas questões eram tratadas e conhecias pelo público em geral através da imprensa escrita, com o correr dos tempos (leia-se progresso tecnológico) o que está a dar actualmente é os belogues...


«É do dominio publico, sabe-o Coimbra inteira, que o conflito levantado pelo Sr. Dr. Lourenço, (Lourenço de Almeida Azevedo) no fim de junho de 1884, teve por base a exigencia injusta do imposto municipal, sobre a carne de vacca, importada d´Aveiro para consumo dos hospitaes da universidade.»
(...)«Venha provar-me que não commetteu abuso de poder, que não vexou insolitamente, e que não praticou para comigo uma prepotencia autoritaria, quando me exigia o pagamento d´um imposto, que a lei lhe não permitia (...) pela carne importada d´Aveiro, o pagamento do mesmo imposto, que não tinha exigido em 1882 e 1883, da carne importada d´egual procedencia e tambem para consumo dos mesmo hospitaes.
(...) abusou da sua posição moral, de director politico do districto de Coimbra, para fazer enterrar, arbitrariamente, e por meio de processos egaulmente vexatorios e violentissimos, a carne de vacca importada d´Aveiro, julgada pelos peritos em boas condições, de rez abatida no mesmo dia da remessa e de salubridade autenticada pelo intendente de pecuaria d´aquelle districto d´Aveiro


In SIMÕES, António Augusto da Costa (1885) «A refutação da “Carta” do r. Dr. Lourenço d´Almeida Azevedo: a carne d´Aveiro: 2º appenso ao folheto “As prepotencias de Coimbra”» Coimbra: Impr. Litteraria. Pag. 247 a 248.

N.B.: António Augusto da Costa Simões (1819-1903) foi director do Hospital da Universidade de Coimbra.


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quarta-feira, fevereiro 18, 2004

E AGORA BRAGANÇA posta by NEPTUNO

«ALTERNE s.m., gíria
prática de aliciamento ao consumo de bebidas e por vezes à prostituição em bares e salas de diversão nocturna

In PRIBERAM

Concordo inteiramente com a posta de NEPTUNO, o marinheiro sabe o que diz, aproveitando inclusivamente para adivinhar o futuro dos homens de Bragança quando os bares de alterne começarem a fechar por falta de matéria prima (tia, amiga, etc.).
Em Portugal, é famoso o «relatório Porter» encomendado pelo Governo de Cavaco Silva sobre a competitividade da economia portuguesa. Michael Porter, professor honoris causa pela Universidade Técnica de Lisboa, seleccionou, na altura, como «clusters» representativos o automóvel, calçado, malhas e produtos de madeira (na indústria), o vinho (agricultura) e o turismo (serviços).
Bragança é uma região periférica de Portugal com um grande peso ao nível económico do sector primário (agricultura), sendo muito insipiente o seu sector secundário (indústria).
Tendo em conta o «relatório Porter», uma das alternativas válidas e consistentes é as forças vivas do distrito, secundadas pelas classe empresarial, iniciarem o fomento de um sector terciário forte (o dos serviços). É neste «cluster» que se insere o turismo, sendo que os serviços prestados por parte das alternantes na região bragançana e os dividendos daí retirados são factores importantes ao nível sócioeconómicos, não só para a região, como também, para a economia do nosso país e mesmo do país meiirmão.
Chegados aqui, o indigente leitor já se interroga “mas a fêmea que trabalha no alterne não é comummente designada por alternadeira?” É, mas como não existe no dicionário aquela designação, parece-me que o termo correcto em português será a de alternante, no presente caso aquela que alterna no alterne. (isto é um trocadalho do cadilho!)


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terça-feira, fevereiro 17, 2004

Alguém deixou ficar na caixa de correio do esconderijo secreto este ensaio sobre o tempo que passa.
Obrigado.








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quinta-feira, fevereiro 12, 2004

«A chacota é velha em Coimbra, veio com a fundação dos primeiros collegios, e foi a represalia natural, desde que, avistados o primeiro explicando com o primeiro pedagogo, ou o explicando estudou pouco, ou o pedagogo explicou mal.»

in ALMEIDA, Fialho de (1903) Á Esquina: jornal dum vagabundo Coimbra: F. França Amado, pag. 20.

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quarta-feira, fevereiro 11, 2004

A verdadeira história do Mano 3333


O Mano 3333 sempre foi um bocado pestanudo, e a ovelha branca da família.
Não fumava nem bebia como o resto da família nem se peidava à mesa, nem limpava a boca à manga e não sabia puxar arrotos, e era sempre desclassificado no arremesso de escarretas.
(Até costumava apanhar uns chapos do Tio M.Etralhadora por tomar banho todos os dias e andar a dizer que queria trabalhar e ser honesto e outras coisas assim).
E a malta ria-se.
Um dia, fugiu da barraca e foi trabalhar para a capital do império. Nunca mais se viu.
Diz a lenda que
o mano 3333 estava sentado numa mesa no bar do hotel (que estava vazio àquela hora).
Não tinha jantado e já era um bocado tarde.
Passava os olhos pelo jornal.
Veio um empregado, pestanudo, muito solícito perguntar o que ia ser.
E o mano: “Olhe, quero que me faça um croissant misto, e um copo de leite frio.
E lá foi o empregado. Pestanudo.

(o mano de si para si) “… mais um maluco em contra mão …, …arguido absolvido…, … droga dá à costa …, … empate a zero …”

Veio o empregado muito solícito, de novo, e desta vez, brutalmente pestanudo:
“Peço imensa desculpa mas já não há croissants. Mas se não vir inconveniente, faço-lhe um brioche”

Pestanejaram os dois, e desde então, vivem pestanando e (supomos que) muito felizes, em Filadélfia.














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Let's take a peek at The Lodger.

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"Gran pesar ei, amigo, sofrudo,
por vos dizer meu mal ascondudo;
mais non ous' oj' eu con vosc' a falar,
ca ei mui gran medo do sanhudo;
sanhud' aja Deus quen me lhi foi dar."


do cancioneiro d'El Rei D Dinis








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sexta-feira, fevereiro 06, 2004

As catorze obras do berloque dos Manos Metralhas


Sete obras corporais

A primeira é salvar os cativos e visitar os presos de outros berloques
A segunda é curar os enfermos (levanta-te e lê a posta)
A terceira é cobrir os nus de prêt à porter
A quarta é dar postas "tipo mirandesa" aos famintos
A quinta é dar de beber aos que têm sede (desejo ardente de postas)
A sexta é dar ajuda aos peregrinos e pobres que deambulam pela Net
A sétima é enterrar os berloques que se finaram


Feitas com o corpo e para o corpo.


Sete obras espirituais

A primeira é ensinar os simples que vogam na Net
A segunda é dar sempre bons conselhos
A terceira é castigar com caridade as que erram
A quarta é consolar as tristes desconsoladas
A quinta é (tentar) perdoar a quem nos vilipendiou
A sexta é sofrer as injurias da vida e das mulheres com paciência
A sétima é rogar para que o nosso berloque apareça no top 25 de blogs portugueses no technorati


Feitas com espírito e para o espírito, dado que o corpo é fraco.


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Manos Metralhas


O Poder e a Sabedoria dos Manos Metralhas destrói Rituais e protege a sua Família, Empresa, Negócios, Berloque, Clientes.
Os Manos Metralhas são as pessoas certas para ajudá-lo a mudar a sua vida e protegê-lo definitivamente dos males sub-natureza.
Graças aos seus dons hereditários e largos anos de experiência os Manos Metralhas ajudaram muitas pessoas em todo o mundo, a encontrarem a porta da felicidade em casos de: Amor, Recuperação de Empresas, Inveja, Mau Olhado, Falta de Sorte, Grandes Problemas Financeiros, Problemas Judiciais, falta de Confiança em si próprio e nas postas que escreve para o blogue, Doenças Espirituais, Dificuldades de Engravidar, Impotência Sexual, Problemas com o Álcool, Falta de Vitalidade e outros casos sem explicação.

Contactos para porco_chauvinista@hotmail.com

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PASTÉIS DE FÍGADO DE CABRITO

Cozinhem fígado de cabrito e ovos. Amassem tudo muito bem, dos ovos só as gemas, adicionando à mistura
cravo-da-índia, canela em pó, e açúcar que adoce.
A seguir, tomem as tripas do cabrito, já bem lavadas, cortando-as em pedaços de uns quatro dedos de
comprimento, mais ou menos.
Recheiem essas tripas com a mistura acima, passem-nas pela farinha de trigo e levem-nas a fritar em
gordura bem quente, colocando-as a escorrer, logo após, numa peneira com papel pardo.
Por último façam uma calda em ponto alto e passem por ela os canudinhos, que em seguida são postos a
secar.
Sirvam-se polvilhados com canela.

TRATADO DA COZINHA PORTUGUESA DO SÉCULO XV

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quinta-feira, fevereiro 05, 2004

Método Metralha para a feitura de rapaz ou rapariga
(método testado e comprovado)




Ele há gajos que é preciso dizer-lhes tudo, como este David Beckham que gostava de ter uma filha.


A malta sabe que és leitor deste belogue e cede-te uma metodologia com garantia 100%
Presta atenção David:

1 Quando chegares a casa, atiras o comando da televisão para debaixo do sofá.

2 Dizes em voz alta "Vitória, onde puseste o comando?"

3 (Esperas que ela te responda e diga algo do tipo "não lhe mexi" ou "ainda agora aí estava")

4 Dizes "que maçada, vai dar agora nos "Apanhados" um especial do português Mourinho a rasgar camisolas"

5 Se ela se prontificar a ajudar-te, dizes "procura aí debaixo do sofá que eu procuro aqui deste lado (não interessa o lado)"

6 Se ela executar conforme o ponto anterior, perguntas "Que busto de Napoleão é aquele?"

7 Quando ela perguntar "Qual busto ?", já sabes o que tens a fazer ... (si, si cariño ... etc)

8 Nota: Número par de trucas ou zucas (isto é se começares em truca ou zuca e acabar em truca ou zuca) igual a rapariga que é o que pretendes;
Se te distraires e perpetrares número ímpar de trucas ou zucas (isto é se começares em trucas ou zucas e acabares em zucas ou trucas) igual a rapaz que não é o que pretendes.









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Assim fala Metralhatustra


"Eu hoje estou aqui com uma acidez na boca do estômago que nem queiras saber.
A minha paciência está na directa proporção dos meus euros.
Ou já acabou ou deve estar mesmo para acabar.

Vai-se o humor, vem o vinagre.
Vai-se enchendo a camioneta grão a grão, vai-se aguentando, vai-se aguentando (os homens aguentam tudo sem gemer), até que um dia já é tanta a areia, que parece que estamos no deserto e já nem se sabe da camioneta.

E isto porque:

Eu sou cúmplice e responsável pela crise.

Eu sou testemunha deste desvio do mal para o muito mal.

Eu acreditei.

Eu sou culpado.

Eu não tive coragem.

Eu tenho cedido a chantagens.

Eu "meti cunhas".

Eu juro que não foi isto que encomendei.

Eu estou fodido com esta merda toda.

P.Q.P!




Afinal de contas, para que lado fica o Canadá?"









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terça-feira, fevereiro 03, 2004

Dasssssssssssssssssssssss


Mas será que a Briosa não vai querer ganhar o jogo de hoje? Que eu saiba quando se estava no auge da crise académica e a vitória na prova seria uma bofetada contra o regime, o Benfica também não facilitou.

Vamos lá a mostrar que isto não são favas contadas e que apesar do país superficial e irreal desejar (leia-se querer) que tu percas, tal não vai acontecer.

Força Briooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooosa!


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Como é? Já acabou?
Já ganhámos o Europeu?






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segunda-feira, fevereiro 02, 2004

Uã sapone atai-me
dére uóze alóte ove poizenouze gélifiche faquingue de biutifule uóteres ove de mouste mérvelouse biche ui quéne imágine.

As coisas simples, são simplesmente maravilhosas (mérvelouse).










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Morena dos Olhos D’agua


Morena dos olhos d’agua, tira os seus olhos do mar
Vem ver que a vida ainda vale o sorriso que eu tenho pra lhe dar
Descansa em meu pobre peito, que jamais enfrenta o mar
Mas que tem abraço estreito morena, com jeito de me agradar
Vem ouvir lindas histórias, e por seu amor sonhei
Vem saber quantas vitórias morena, por mares que só eu sei
Morena dos olhos d’agua, tira os seus olhos do mar
Vem ver que a vida ainda vale o sorriso que eu tenho pra lhe dar
O seu homem foi embora, prometendo voltar já
Mas as ondas não tem hora morena, de partir ou de voltar
Passa velho vai-se embora, passa o tempo e vai também
Mas meu pranto ainda lhe implora morena, agora morena vem
Morena dos olhos d’agua, tira o seus olhos do mar
Vem ver que a vida ainda vale o sorriso que eu tenho pra lhe dar
Vem ver que a vida ainda vale o sorriso que eu tenho pra lhe dar


Chico Buarque












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ABRACADABRA

«Nome, que servia para formar huma figura supersticiosa, à qual se attribuia a virtude de preservar das enfermidades, e de as curar: As letras deste nome devião (sic) ser dispostas pelo seguinte modo:

A B R A C A D A B R A
A B R A C A D A B R
A B R A C A D A B
A B R A C A D A
A B R A C A D
A B R A C A
A B R A C
A B R A
A B R
A B
A

Esta figura sendo principalmente composta das letra do nome Abraca, o mesmo que Abracax ou Abraxas, que se tinha pelo mais antigo dos deoses, era por si mesma reverenciada, como huma especie de divindade


in Mr. Chompé (1785) Diccionario Abbreviado da Fabula
Lisboa: Na Regia Officina Typografica, pag. 3

E eu que só conhecia a frase "ABRACADABRA CU DE CABRA" que servia (ou serve) para abrir portas mágicas, mas pelos vistos na Net entre outras coisas, também serve apara procurar...livros.

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Publicidade exemplar

A fazer crescer pêlos no peito desde 1946.

A fazer a barba rija desde 1946.


SÃO DOMINGOS. A ÁGUA. ARDENTE

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