terça-feira, abril 20, 2004
Histórias (Metralha de Embalar)...
Portugueses são Caranguejos Portugueses!
(pregão popular)
Dois Caranguejos Portugueses andavam pela praia quando, às tantas, encontraram um chouriço.
Diz um para o outro:
- Olha, já temos um chouriço para o almoço, mas agora falta o pão. Vai tu buscar o pão que eu fico a guardar o chouriço.
- Eu não - diz o outro - assim que eu me afastar tu comes o chouriço.
- Não sejas parvo. Prometo-te que não o farei, e dou-te a minha palavra de honra.
- Ná, ná. Vamos antes tirar à sorte.
Assim fizeram, e o que teve azar fartou-se de recomendar:
- Eu vou buscar o pão, mas tu não tocas no chouriço enquanto eu não regressar!
- Está bem, já prometi que não lhe tocarei. Apressa-te, anda, vai...
Passaram horas, passaram dias, semanas, meses, a maré enchia e vazava e o Caranguejo Português sempre de guarda ao chouriço, fiel à promessa que fizera.
Ao fim de muitos anos, já quase sem dentes o velho Caranguejo Português pensou "ele já morreu, nunca mais voltou e eu estou aqui feito parvo a guardar o chouriço que já mal poderei comer. Vou pelo menos prová-lo enquanto ainda posso ..."
E quando se prepara para abocanhar o chouriço, salta o outro Caranguejo Português - já velho também - de trás de uma pedra, aos gritos:
- Eu bem que desconfiei de ti! Se tocas no chouriço não vou buscar o pão!
(encontrada no baú da Vóvó Metralha)
Portugueses são Caranguejos Portugueses!
(pregão popular)
Dois Caranguejos Portugueses andavam pela praia quando, às tantas, encontraram um chouriço.
Diz um para o outro:
- Olha, já temos um chouriço para o almoço, mas agora falta o pão. Vai tu buscar o pão que eu fico a guardar o chouriço.
- Eu não - diz o outro - assim que eu me afastar tu comes o chouriço.
- Não sejas parvo. Prometo-te que não o farei, e dou-te a minha palavra de honra.
- Ná, ná. Vamos antes tirar à sorte.
Assim fizeram, e o que teve azar fartou-se de recomendar:
- Eu vou buscar o pão, mas tu não tocas no chouriço enquanto eu não regressar!
- Está bem, já prometi que não lhe tocarei. Apressa-te, anda, vai...
Passaram horas, passaram dias, semanas, meses, a maré enchia e vazava e o Caranguejo Português sempre de guarda ao chouriço, fiel à promessa que fizera.
Ao fim de muitos anos, já quase sem dentes o velho Caranguejo Português pensou "ele já morreu, nunca mais voltou e eu estou aqui feito parvo a guardar o chouriço que já mal poderei comer. Vou pelo menos prová-lo enquanto ainda posso ..."
E quando se prepara para abocanhar o chouriço, salta o outro Caranguejo Português - já velho também - de trás de uma pedra, aos gritos:
- Eu bem que desconfiei de ti! Se tocas no chouriço não vou buscar o pão!
(encontrada no baú da Vóvó Metralha)
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