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domingo, novembro 18, 2007


A menstruação da mulher é um estado fisiológico que os romanos concomitantemente apreciavam pelos benefícios que dela provinham e aborreciam pelos prejuízos que igualmente dela advinham. (…)
Acreditava-se que a mulher menstruada e por efeito exclusivo do seu fluxo afastava dos campos a saraiva, os furacões, o raio, as trovoadas, enfim todos os cataclismos celestes. (…) A simples exibição das partes sexuais banhadas no rubro corrimento catamenial nas praias sossegava o mar revolto, abrandava as ondas alterosas, afugentava os tufões e as trombas de água, em resumo acalmava todas as tempestades marítimas, sendo assim de considerar a sua acção benéfica em prol dos que, andando no alto-mar, ao aproximarem-se das costas corriam perigo de a elas darem.
(…) tinha-se por certo que, as regras coincidissem com um eclipse lunar ou solar ou com a ausência da lua (lua nova), a cópula que se executasse seria funesta e mortal para os machos. (…)
Bastaria que a mulher menstruada tocasse com um dedo em certos objectos para os prejudicar; assim, tratando-se de cortiços, as abelhas abandoná-los-iam para sempre; (…) tratando-se de navalhas da barba, o fio embotar-se-ia de súbito; (…) Todos estes maléficos poderes se mostravam exaltados e se manifestavam por um simples olhar da mulher, se a menstruação era a primeira após a perda da virgindade ou se, sendo ela virgem, a menstruação era a inicial.



in AGUIAR, Asdrúbal de (1935) Estudos sobre Roma nos tempos antigos
Lisboa: Imprensa Nacional, pág. 1-3.


N.B.: Asdrúbal António de Aguiar (1883-1961) era chefe de serviço do Instituto de Medicina Legal de Lisboa e professor do curso superior de Medicina Legal.

Comments:
Ó tarado: espero que não te importes com a publicidade que te fiz lá na nau ( "Vícios") eh eh eh .
 
deuses!
estar amonstruada tem esse siginificado todo?
 
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