quarta-feira, novembro 07, 2007
Apetites, desejos.
Posto que vulgarmente se confundem estes dois vocábulos, contudo em linguagem filosófica moderna são bem distintos. Os apetites são certos sentimentos corpóreos, não perpétuos, mas que ocorrem de tempo a tempo, acompanhados sempre de certo que mais ou menos desagradável segundo é maior ou menor sua força, que nos impelem a apetecer alguma coisa de que o corpo carece. (…)
Os desejos, que melhor se explicam pela palavra latina cupiditates, são certas inclinações, que não existem no corpo senão na alma, e cujo objecto são as coisas e não as pessoas; (…) Diferencia-se o desejo do apetite em que, 1º este reside no corpo e aquele na alma; 2º em que este vem de tempo a tempo, e aquele é permanente; 3º em que este sacia-se, e aquele não se farta, etc.
ROQUETE, J.I., O.F.M. 1885: 72
Posto que vulgarmente se confundem estes dois vocábulos, contudo em linguagem filosófica moderna são bem distintos. Os apetites são certos sentimentos corpóreos, não perpétuos, mas que ocorrem de tempo a tempo, acompanhados sempre de certo que mais ou menos desagradável segundo é maior ou menor sua força, que nos impelem a apetecer alguma coisa de que o corpo carece. (…)
Os desejos, que melhor se explicam pela palavra latina cupiditates, são certas inclinações, que não existem no corpo senão na alma, e cujo objecto são as coisas e não as pessoas; (…) Diferencia-se o desejo do apetite em que, 1º este reside no corpo e aquele na alma; 2º em que este vem de tempo a tempo, e aquele é permanente; 3º em que este sacia-se, e aquele não se farta, etc.
ROQUETE, J.I., O.F.M. 1885: 72
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