quarta-feira, janeiro 31, 2007

Tudo isto vem a propósito de um livro que eu já tinha visto na biblioteca do 1313 e que fortuitamente veio parar à minha mão no alfarrabista de serviço por um preço consentâneo com uma bolsa depauperada.
Não querendo fazer mais “suspense” passo desde já a apresentar o referido compêndio:
AGUIAR, Asdrúbal de, 1883-1961
Ciência sexual (Contribuição para o seu estudo): Virgindade
Lisboa: Aillaud e Bertrand, 1924. - 258 p. ; 8
Comecemos pois a dissecar o corpo do delito trazendo à estimada freguesia deste blog mais um pouco de instrução começando pelo Capítulo V que versa sobre Provas de Virgindade/seu exame.
Desde os tempos mais remotos, nos povos em que a virgindade foi e é apreciada, tem-se procurado por todas as maneiras adquirir a certeza da sua existência nas raparigas que se apresentam como possuindo-a.
(…)
Tem-se diligenciado determinar, desde épocas longínquas se uma rapariga está ou não desflorada servindo-se para isso de elementos obtidos pelo exame de varias regiões do corpo. Inúmeros tem sido os processos, múltiplos os meios utilizados, mas evidentemente nenhum tem o menor valor e somente a curiosidade histórica no-los faz apontar.
(…)
Provas de virgindade obtidas pelo exame do nariz. – No nariz tem-se pretendido encontrar certas marcas tendentes a provar a existência do desfloramento.
(…)
Demócrito referia que o vértice do nariz nas desfloradas se mostrava mais largo do que nas raparigas intactas sexualmente.
(…)
Provas de virgindade obtidas pelo exame dos olhos. – Também se tem tentado determinar pelo exame dos olhos duma rapariga se ela está ou não desflorada, fundando-se em que nas virgens os olhos são brilhantes e nas desfloradas despolidos.
(…)
Provas da virgindade obtidas pelo exame da penugem do rosto. – Alguns autores são de parecer que a penugem (duvet) que cobre as faces das raparigas desaparece quando das primeiras relações sexuais. Tal facto não é verdadeiro como se sabe.
Provas da virgindade obtidas pelo exame dos tegumentos. (pele) - Alguns autores antigos emitiram a opinião que as carnes eram mais duras, consistentes, frescas e elásticas nas virgens que nas desfloradas.
Provas da virgindade obtidas pelo exame da voz. – Grande número de autores antigos baseavam-se na voz das raparigas para descobrir se elas estavam ou não desfloradas. (…)
Aristóteles garantia que a voz nas virgens era mais fina e mais alta que nas desfloradas. Nestas seria principalmente áspera.
(…)
Provas da virgindade obtidas pelo exame dos mamilos e seios. – Certos autores antigos afirmam que as aureolas mamilares se tornam mais escuras após o desfloramento.
(…)
Provas da virgindade obtidas pelo exame dos pelos. – Também os pelos e especialmente os do púbis se tem considerado como elementos importantes para decidir do estado de desfloramento ou de virgindade duma rapariga.
(…)
Albertus Magnus era da opinião que os pelos púbicos tinham maior comprimento, flexibilidade e lisura nas virgens e que eram mais curtos, duros e crespos e ruivos nas que já possuíam órgão sexuais íntegros. (sic)
AGUIAR. 1924:121-125
sexta-feira, janeiro 26, 2007
CHALET METRALHA

quinta-feira, janeiro 25, 2007
(2) balázios
Mas pergunto: Podem os homens bem viver, ou viver sem beber vinho? Não se pode negar que podem, pois de cem partes do mundo, mais de noventa e nove o não bebem, nem tem: e contudo vivem muito, e quiçá mais que os que o bebem, e alguns em terras muito fria, e muito mais sãos e fortes. E se não houvesse vinho, nem vinhas, ao menos nas terras boas, claro está, que dariam essas mesmas pão ou fruta (que pode sustentar, o que o vinho per si não pode) ou caça, ou pasto, ou madeira, ou lenha, e tudo isto, ou qualquer destas cousas, daria mais fartura, que a falta do vinho, nunca causou fomes, nem carestias, e se pode escusar.
in ANDRADA, Miguel Leitão de (1867) Miscellanea
Nova ed. Correcta. Lisboa: Impr. Nacional. Pág. 73

“Broeiro – s.m.
estudante pobre dos arredores de Coimbra, a quem os pais enviavam todos os géneros alimentícios necessários.
(«Broeiro era o estudante pobre das imediações de Coimbra, que recebia de casa, em pequenas parcelas, a alimentação...» in Memórias do Mata-Carochas 1920, p. 74)
A origem do nome dado a estes estudantes deve estar no facto de eles receberem de casa algumas broas para a sua alimentação, visto que broeiro é também aquele que come muita broa, segundo Morais.
(...)
É termo desusado, em virtude de ter desaparecido esta espécie de estudante.”
(in CASTRO.1947:53)
Nota da Redacção: Actualmente esta “espécie de estudante” chama-se bolseiro e subsiste graças aos Serviços de Acção Social das universidades estatais e privadas que lhes fornecem as broas, digo, as bolsas de estudo e/ou alojamento.
segunda-feira, janeiro 15, 2007
(5) baláziosquinta-feira, janeiro 11, 2007
VIOLAÇÕES & VIOLADORES (AS)

É também preocupante não haver mais gente preocupada em saber como evoluem as violações no espaço e tempo. São tantas (presumo) e tão diversas que é um assunto que devia ser mais discutido. Podia até começar-se por uma violação recente, a do Atlético ao FCP, por exemplo ...