quinta-feira, junho 29, 2006
(3) baláziossexta-feira, junho 23, 2006
(2) balázios (0) balázios (1) baláziosterça-feira, junho 13, 2006
(5) baláziosA República não resolveu, por enquanto, as dificuldades portuguesas, porque não atacou profundamente o problema básico da nacionalidade: abrir, na metrópole, empregos criadores à actividade dos cidadãos pela modificação do regime agrário, pelo aproveitamento das forças hidráulicas, pela modernização dos métodos de trabalho, pela importação do trabalho cientifico, pelo estabelecimento de uma pedagogia nova, essencialmente activa e produtora.(…)
Há já agora uma elite artística; não há ainda, porém, uma elite politica e cientifica com força bastante para enquadrar a massa (moralizando a actividade anárquica dos políticos profissionais) e torná-la digna, finalmente, da gloriosa história dos seus avós.
SÉRGIO, António, 1883-1969
Bosquejo da História de Portugal / Antonio Sergio. - 2ª Edição. - Lisboa: Edição das Oficinas Gráficas da Biblioteca Nacional, 1923. – pág. 59-60.
sábado, junho 10, 2006
(1) balázios (1) balázios (3) baláziossexta-feira, junho 09, 2006
Do valor da amizade
Com a devida vénia se transcreve um texto do Filipe Nunes Vicente publicado aqui
O GRUPO: É um grupo de homens que estão todos na casa dos quarenta, mais coisa menos coisa. Conhecem-se alguns há mais de 30 anos, outros há 25, nunca menos disso. Continuam amigos e continuam a encontrar-se regularmente: em combinações de dois, três ou quatro; frequentemente reunem-se todos. Ao longo dos anos espalharam-se por cidades, profissões, casamentos e divórcios. Ao contrário do que possa parecer, esta situação é deveras extraordinária nos tempos que correm. Aqui há um par de meses, o Pedro Picoito atirava-me um osso: escreve aí qualquer coisa sobre o excesso, enjoativo, da necessidade de "afecto" nas relações actuais. Aqui está um bom pretexto.Uma das razões pela qual este grupo se conserva é porque são todos amigos, sem o serem. No sentido actual do termo, amigo é uma mistura de confidente com cúmplice. Coisa perigosa, que tende a durar pouco, já se vê. A amizade feminina é assim, e por isso é mais volátil que promessa eleitoral . Este grupo de amigos, por razões misteriosas, constituiu-se como uma família alternativa: não há necessidade de se darem todos extremamente bem. Como numa família das antigas, nem todos têm entre si o mesmo grau de proximidade nem a mesma intensidade de relacionamento. Gravitando em torno do grupo propriamente dito, foram-se agregando relacionamentos novos ( poucos), filhos e, inevitavelmente, as mulheres: tão essenciais quanto substituíveis.Os homens deste grupo não precisam uns dos outros para viver, trabalhar, fornicar, ver futebol, escrever. Ocasionalmente trocam favores, como é normal. A intimidade de cada um deles fica com cada um deles e só muito raramente é posta na mesa. Em primeiro lugar, o tempo. Quando olham para trás, agora a meio das sua existências, percebem que, sem saberem exactamente como, construiram uma coisa. Essa coisa ultrapassa largamente as suas capacidades, individualmente consideradas. O grupo faz parte das suas vidas, já não é uma opção.Como é que lá chegaram? Retomemos a tese inicial: eles nunca foram confidentes nem cúmplices estratégicos. Desenvolveram gostos diferentes, têm carros diferentes, clubes diferentes, livros diferentes, partidos diferentes. Uns são pais de família, outros pingam amores, uns são ricos, outros são pobres. Quando a morte começar a sua monda, o grupo ficará : ele nunca existiu, só os amigos existiram. E esses continuarão tranquilamente a encontrar-se.
(7) balázios
Com a devida vénia se transcreve um texto do Filipe Nunes Vicente publicado aqui
O GRUPO: É um grupo de homens que estão todos na casa dos quarenta, mais coisa menos coisa. Conhecem-se alguns há mais de 30 anos, outros há 25, nunca menos disso. Continuam amigos e continuam a encontrar-se regularmente: em combinações de dois, três ou quatro; frequentemente reunem-se todos. Ao longo dos anos espalharam-se por cidades, profissões, casamentos e divórcios. Ao contrário do que possa parecer, esta situação é deveras extraordinária nos tempos que correm. Aqui há um par de meses, o Pedro Picoito atirava-me um osso: escreve aí qualquer coisa sobre o excesso, enjoativo, da necessidade de "afecto" nas relações actuais. Aqui está um bom pretexto.Uma das razões pela qual este grupo se conserva é porque são todos amigos, sem o serem. No sentido actual do termo, amigo é uma mistura de confidente com cúmplice. Coisa perigosa, que tende a durar pouco, já se vê. A amizade feminina é assim, e por isso é mais volátil que promessa eleitoral . Este grupo de amigos, por razões misteriosas, constituiu-se como uma família alternativa: não há necessidade de se darem todos extremamente bem. Como numa família das antigas, nem todos têm entre si o mesmo grau de proximidade nem a mesma intensidade de relacionamento. Gravitando em torno do grupo propriamente dito, foram-se agregando relacionamentos novos ( poucos), filhos e, inevitavelmente, as mulheres: tão essenciais quanto substituíveis.Os homens deste grupo não precisam uns dos outros para viver, trabalhar, fornicar, ver futebol, escrever. Ocasionalmente trocam favores, como é normal. A intimidade de cada um deles fica com cada um deles e só muito raramente é posta na mesa. Em primeiro lugar, o tempo. Quando olham para trás, agora a meio das sua existências, percebem que, sem saberem exactamente como, construiram uma coisa. Essa coisa ultrapassa largamente as suas capacidades, individualmente consideradas. O grupo faz parte das suas vidas, já não é uma opção.Como é que lá chegaram? Retomemos a tese inicial: eles nunca foram confidentes nem cúmplices estratégicos. Desenvolveram gostos diferentes, têm carros diferentes, clubes diferentes, livros diferentes, partidos diferentes. Uns são pais de família, outros pingam amores, uns são ricos, outros são pobres. Quando a morte começar a sua monda, o grupo ficará : ele nunca existiu, só os amigos existiram. E esses continuarão tranquilamente a encontrar-se.
quinta-feira, junho 08, 2006
(1) baláziostop barbudos 3
(dei a banhada a ambas as fotos, obviamente, que a vida custa a todos)