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quinta-feira, novembro 17, 2005

Um sonho de mulher - por Charlie

O Mano 69 adora dar conatinuidade:
"... com o meu querido bichinho de estimação, que eu fazia questão de sempre me acompanhar na solidão do leito. O massajador eléctrico ainda ronronava. Acariciei-o, senti-o duro e firme, disponível, sempre disponível para tudo. Num instante, um «flash-back» desenrolou-se à minha frente, recordando o dia em que o vislumbrei numa venda por catálogo que inopinadamente tinha aparecido na caixa do correio, o frémito do preenchimento em letra de imprensa e com caneta preta do pedido de encomenda, a colocação no marco do correio do pedido e o aguardar, por largos dias, da chegada do eleito. Até que, numa manhã de neblina cerrada e onde os alvores do Inverno já se faziam sentir, o funcionário da empresa Correio Expresso trouxe o embrulho anódino no seu invólucro normalizado. O «zezinho», petit-nom do meu massajador pessoal, tinha finalmente chegado à minha existência terrena!
No entanto, e de um momento para o outro, o estado de semi-sonolência em que me encontrava foi abruptamente interrompido pelo «zezinho», que passou de um agradável torpor para um imobilismo avassalador. Abanei-o, tentei encontrar nele uma réstia de vida, um recomeço. No entanto o meu amigo íntimo jazia como que... o singular do particípio passado de matar perpassou pela minha mente, enrolou-se na minha boca mas não consegui exprimir o adjectivo.
Levantei-me rapidamente e procurei o carregador automático que alimentava as pilhas recarregáveis dos meus sonhos carnais induzidos. A solução encontra-se perto e bom caminho. Procurei com um olhar inquisitivo o luzir de um led vermelho na penumbra do quarto, que se materializava num carregador eléctrico que continha mais duas recargas (do tipo AAA Ni-MH 1.2 V) prontas a entrar no tubo oblongo, frio num primeiro instante, mas que mercê de uma prática reiterada rapidamente fazia tocar a rebate os sinos e soltar as torrentes de magma ardente. Uma sensação como que... uma lagosta, sem tirar nem pôr!
To be conatinued"

Comments:
:) que lapsus cunilinguus!
 
Nunca fiz nem nunca mais farei!
 
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