quinta-feira, outubro 27, 2005
A NABADA
As freiras do Convento de Santa Maria de Semide eram exímias fabricantes de um doce chamado “Nabada”, que como o nome indica tem como principal ingrediente o nabo. O referido convento foi fundado no séc. XII pela Ordem Beneditina e situa-se na freguesia de Semide, concelho de Miranda do Corvo (distrito de Coimbra).
Quando alguma das freiras do referido convento falecia, havia determinações especificas sobre a alimentação que se deveria fornecer aos padres encarregues das exéquias.
«Se o enterro era de tarde os padres, que assistiam a elle, tivessem para a ceia chá, doces e dois covilhetes de nabada; se era de manhã, o celebrante recebesse tres covilhetes do tradicional doce, e dois cada um dos padres. O jantar dos mesmos constaria de galinha e carne de porco, que pertencia á defuncta, que para esse fim era morto, fructa, doce e café. Para o jantar não tivesse apparencia de festa recommendava-se que a fructa não fosse enfeitada com flores!»
in ASSUMPÇÃO, Lino de (1990) As Monjas de Semide: reconstituição do viver monástico
Coimbra: França Amado, p. 56
As freiras do Convento de Santa Maria de Semide eram exímias fabricantes de um doce chamado “Nabada”, que como o nome indica tem como principal ingrediente o nabo. O referido convento foi fundado no séc. XII pela Ordem Beneditina e situa-se na freguesia de Semide, concelho de Miranda do Corvo (distrito de Coimbra).
Quando alguma das freiras do referido convento falecia, havia determinações especificas sobre a alimentação que se deveria fornecer aos padres encarregues das exéquias.
«Se o enterro era de tarde os padres, que assistiam a elle, tivessem para a ceia chá, doces e dois covilhetes de nabada; se era de manhã, o celebrante recebesse tres covilhetes do tradicional doce, e dois cada um dos padres. O jantar dos mesmos constaria de galinha e carne de porco, que pertencia á defuncta, que para esse fim era morto, fructa, doce e café. Para o jantar não tivesse apparencia de festa recommendava-se que a fructa não fosse enfeitada com flores!»
in ASSUMPÇÃO, Lino de (1990) As Monjas de Semide: reconstituição do viver monástico
Coimbra: França Amado, p. 56
Comments:
Bons tempos em que se enterravam as freirinhas defuntas na valeta, deixando uma mãozinha de fora ...
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