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domingo, outubro 30, 2005

FORMAÇÃO PROFISSIONAL

1)
Sempre tive a impressão de que se trata, em larga medida, de uma forma de esbanjar dinheiro em lérias que trazem pouco ou nenhum benefício para o país. Em muitas lojas que vendem esta coisa, é uma maneira de manter pessoal desempregado (e não só) entretido a coleccionar pseudo-canudos de lavores gerais, macramé, culinária para manetas, técnicas disto e daquilo, gestões diversas …
Que benefícios e melhorias para o país resultaram dos diversos cursos oferecidos pelas muitas lojas de formação profissional?
Que cursos há e quem os frequenta? O que acontece depois dos "canudos tirados"? Os conhecimentos adquiridos têm aplicação? Os "formados" associam-se em ordens ou associações profissionais? Têm sindicatos?
Que interesse objectivo podem ter cursos teóricos de técnicas práticas, que são expostos a um conjunto disperso de “formandos” sem nada em comum (além de alguma apatia) e que ou estão ali para passar o tempo, ou nem sabem bem como e porquê. Foram chamados, dizem…, e afinal sempre recebem o subsídio de alimentação (!)
Quanto dinheiro se gasta nestas porcarias e para que serve?
Quem guarda os euros no fim de contas?

2)
Transcrição de um documento do Arquivo do Mosteiro da Batalha *:

Il.mo Sr Director das Obras Públicas do Districto de Leiria

Diz José de Mendonça de edade de 15 annos, enteado de João Lopes de Carvalhos Escrivam e tabelião do Juízo Ordinario do Julgado da Batalha, que tendo muita dedicação e vontade de aprender officio de canteiro e não havendo neste Desctricto porporções para aprender o dito officio de canteiro se não na obra do Monumento da Batalha motivo por que Pede a V.S.ª se digne mandá-lo admitir na dita obra com o vencimento próprio dos aprendizes da mesma obra.
Batalha 2 de Agosto de 1860
Jose Augusto de Mendonça
(Arquivo Mosteiro de Stª Maria da Vitória)
* Neto, Mª João Baptista. 1997. James Murphy e o Restauro do Mosteiro de Santa Maria da Vitória no Século XIX

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