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domingo, abril 17, 2005

ENGUIA
Anguilla anguilla

Posted by Hello
"A enguia possui corpo serpentiforme, cilíndrico anteriormente e comprimido na parte posterior. As escamas são pequenas, embebidas no tegumento. Barbatanas dorsal, caudal e anal contínuas. Sem barbatanas pélvicas. Mandíbula mais longa que a maxila superior (ao contrário do Safio – Conger conger – com o qual poderia confundir-se). Adultos com dorso verde-acastanhado e ventre amarelado (“enguia dourada”), alterando-se respectivamente para negro e prateado com a aproximação da maturidade sexual (“enguia prateada”). As fêmeas atingem até 150 cm de comprimento, e os machos cerca de 50 cm.

enguias no Mediterrâneo e Mar Negro. No Atlântico, distribuem-se de Marrocos até ao Norte da Escandinávia e Islândia, e penetram em quase todos os cursos de água portugueses.

A enguia é uma espécie migradora catádroma, as larvas leptocéfalas, pelágicas, atingem as costas europeias onde se metamorfoseiam em angulas (meixão), e penetram nas embocaduras dos cursos de água, migrando para montante em quantidades muitas vezes consideráveis. A fase de permanência em água doce pode durar entre 6 e 12 anos, no caso dos machos, ou entre 10 e 20 anos no caso das fêmeas.

A enguia é um peixe carnívoro. Quando adultas alimentam-se de outros peixes, crustáceos, e larvas de insectos. Com a maturidade sexual, o tubo digestivo regride e cessa a actividade alimentar.

A reprodução ocorre no Mar dos Sargaços, em águas profundas. Os ovos e larvas leptocéfalas são planctónicos, vagueando arrastados pela Corrente do Golfo através do Atlântico, durante cerca de 3 anos, até atingirem o litoral europeu.

A enguia é uma espécie de alto valor comercial, sendo excessivamente capturada com rapetas e telas na fase de “meixão”, e com nassas e anzol na fase adulta. É considerada “comercialmente ameaçada” no Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal e encontra-se em regressão em todas as Bacias Hidrográficas onde existem Barragens.

A enguia também é conhecida pelos nomes vulgares de “eiró” e “meixão” (juvenis)."

in Sobral, D. & Gomes, J. 1998. “Peixes Litorais”. Edição do ICN – Instituto da Conservação da Natureza, página 22 /88.

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