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sexta-feira, fevereiro 11, 2005

A COIMBRA



Coimbra, eterna Deusa, eterno encanto,
Eterna majestade!
Noiva que a toda a hora estás erguida
Na catedral soberba,
No templo-coração da Mocidade!
Terra das laranjeiras
De fina e doce flor!
Do sol chispando claro em cada monte,
Uma canção de Amor em cada rua
E uma lenda de Amor em cada fonte…
Terra fecunda e doce onde floresce,
A flor vermelha e fresca da alegria!
Enlevo do presente,
Saudade inextinguível de algum dia…
Andorinha gigante
De asas negras em trémulo adejar
Onde a bandeira altiva
Cada capa velhinha de estudante
E lira de poeta
Cada guitarra ardente
Em noites de luar!...


CARLOS DE FIGUEIREDO NUNES

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