<$BlogRSDUrl$>

quinta-feira, julho 29, 2004

O tempo de férias em Coimbra

 
Todos sabem que a população de Coimbra é constituída pelo elemento academico e, faltando este, o comerciante precisa de emigrar. Nas ferias pequenas, como é pouco tempo, cá se vão aguentando no balanço, mas nas ferias grandes, falta a academia por uns meses, a mãe carinhosa da futricada e fica Coimbra deserta. Todos levantam as suas tendas para a Figueira da Foz e Luso e as mulheres que aqui eram engomadeiras, costureiras e serventes, vemo-las lá descalças a vender peixe ou fruta. Os proprietários de restaurants (sic) e casas de pasto, encontramo-los lá criados de cafés, e moços de fretes, etc. Assim é o exodo da futricada.

RIBEIRO, Amilcar (1913) Olha o bonet!... Narrativa dos ultimos acontecimentos de Coimbra
Porto: A. Ribeiro. p. 35-36.

 

Nesses estreitos e humildes compartimentos, residiam, e creio que ainda hoje residem, obscuros artistas, sapateiros, alfaiates, e outros membros da numerosa classe dos futricas, que assim se chamam todos os que não pertenciam à Academia

COELHO, Trindade (1941) In illo tempore. Estudantes, lentes e futricas
Lisboa: Livraria Portugália, 3.ª Ed. p. 47

Comments: Enviar um comentário