quarta-feira, março 24, 2004
«Um antigo poeta português houve – Jorge de Montemór – que em moço se mudou para Castela e lá viveu e compôs, em castelhano, a sua tam célebre “Diana” . Mas quando por fim nos fala de Coimbra e relembra a “fermosa ribeyra”, subito escreve em língua portuguesa e, com sentimento e linguagem nossa, lindas palavras encontra: “O dia que te meus olhos não viam, jamais se alevantavam a cousa que lhes desse gosto ...” Ausentes de Coimbra, todos que a amâmos somos um pouco como Jorge de Montemór, porque basta que ela se levante na memoria para que na alma acorde a ternura que ela apenas sabe despertar.»
in VIEIRA, Afonso Lopes (1918) Cancioneiro de Coimbra
Coimbra: França Amado. Editor & impressor. Pág. 7
in VIEIRA, Afonso Lopes (1918) Cancioneiro de Coimbra
Coimbra: França Amado. Editor & impressor. Pág. 7
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