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segunda-feira, janeiro 19, 2004

«A Videira

É uma planta originária da Ásia, espontânea em terrenos calcários na região mediterrânea e cultivada principalmente nas regiões temperadas; prefere as encostas pouco elevadas e expostas ao Sol pois a temperatura favorece a maturação dos frutos.
As raízes da videira são muito compridas, de dez a quinze metros, mas as raízes secundárias são superficiais. No Inverno, nos países temperados, não tem folhas; na Primavera os botões desabrocham. É então que pelos cortes feitos na poda, a seiva sai em grande abundância, durante uns quinze dias, constituindo os “choros da vinha”.
Os caules de videira, chamados sarmentos, são lenhosos e débeis, não se conservando erectos por si só. No entanto, a videira ergue-se, graças aos tutores ou graças a outras plantas. Dos nós saem, além dos botões e folhas, também gavinhas muitas vezes bifurcadas que a prendem aos tutores, dando várias voltas, e enrolando-se em saca-rolhas entre a planta e o tutor.
As folhas são simples e alternas, com cinco lobos, na proximidade de outras quase inteiras, palminérvias, acinzentadas na página inferior; os pecíolos são grandes, permitindo a posição mais favorável à luz. Colocam-se com os pecíolos mais ou menos erectos e os limbos inclinados, captando melhor a luz.
As flores são pequenas, esverdeadas, dispostas em cachos.
Os frutos são bagas verdes e acres a princípio, depois doces, carregadas de sucos e de cor diversa, conforme com a qualidade da videira. Os frutos – uvas - são aproveitados para o consumo directo e para fazer o vinho e seus derivados; as aves também os consomem; as sementes que resistem à digestão saem intactas e aptas a germinar quando são abandonadas nos excrementos mas as plantas obtidas por sementeira não dão frutos aproveitáveis

Extraído de Seomara da Costa Primo, 1950. Compêndio de Botânica para o 2º Ciclo Liceal

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