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sexta-feira, dezembro 05, 2003

O Joca “perna pínea” - de quem já se relatou numa “posta” anterior, o final triste (mas merecido) que teve - não deixou saudades.
Nos seus melhores tempos, coincidentes com os piores para qualquer um que se atravessasse no seu enviesado percurso, foi um facínora daqueles muito beras, que tirava prazer das maldades que fazia. Pode dizer-se que era um verdadeiro amante e praticante da arte de ser mau. Era mau porque era mau. A sociedade está isenta, no caso concreto deste pirata, no que concerne às causas que por vezes empurram o homem, naturalmente bom, para maus caminhos.
Uma vez, durante um Inverno de temperaturas muitíssimo rigorosas, o meliante acoitou-se no campo, num chalet que pertencia a alguém, com uns reféns sobre quem pedia um resgate que desse para as compras de Natal. Por gozo e para mantê-los sob seu controlo enfiou-os na cave, ou seja no sítio onde fazia mais frio. Entretanto, arrancou os tacos do chão da casa para alimentar a lareira e aquecer-se. O fumo que saiu da chaminé atraiçoou-o e salvou os desgraçados de morrer de frio.
Diz-se que até a perna de pau meteu no lume, muito embora o palito que mantinha sempre nos dentes fosse sagrado…




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