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terça-feira, novembro 25, 2003

O CHANCELER DO SELO


Há um gajo no bairro, que é conhecido pela alcunha de Chanceler do Selo, eu sei que neste momento perpassa pelas mentes inquisitivas da estimada freguesia deste berloque, a pergunta, mas porquê? Se me derem um pouco mais do vosso tempo de antena, eu passo a explicar.

Virgulino Pancrácio, de sua graça, é um pobre diabo que vive de expedientes vários, é ele que vai buscar água, lenha, vinho (muito), pequenos e grandes recados, etc. A sua função, é como a de um transitário (sem rodas), na logística do dia a dia do pessoal.

Mas voltemos à vaca fria (não, não é sobre a Déte Mil Homens, outra personagem do bairro) porque é que o homem tem uma alcunha tão elaborada e marcante? Como sabem, ou deviam saber, chanceler era um magistrado antigo que tinha a seu cargo a guarda do selo real.

Virgulino, não sendo magistrado, nem antigo e muito menos aparentado com a realeza, é o guardião do selo, sendo que este, encontra-se estampada nas suas cuecas (de gola alta), perpassando mesmo para as calças.

A chancela, acompanha-o diariamente em todas as suas deambulações, sendo um sinal não só identificador para toda a comunidade (é ele o eleito, salve), como também, tem a função de servir de aviso olfactivo, alertando o pessoal do seu assomar (não tem nada a haver com o acto de assoar).

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