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domingo, novembro 25, 2007

Leite de BURRA


e) Para amaciar a pele e manter-lhe a elasticidade:
(…)
Leite de burra. POPPEA, mulher de NERO, levava consigo sempre em todas as viagens quinhentas burras com leite, tomando todos os dias banhos dele.
(pág. 33)

Leite de burra. Conta-se que certas mulheres se locionavam* setecentas vezes com ele por dia, observando escrupulosamente este número. POPPEA, mulher de NERO, pôs o leite de burra em moda. Tomava banhos inteiros neste leite, para o que possuía quinhentas burras, como já acima apontámos. O leite de burra destruía as rugas por completo, conforme se dizia, etc. (pág. 35)


in AGUIAR, Asdrúbal de (1935) Estudos sobre Roma nos tempos antigos
Lisboa: Imprensa Nacional.



* Locionar - Aplicar loção.

(6) balázios

quarta-feira, novembro 21, 2007

CANTAR KARAOKE

DESENTOPE AS ARTÉRIAS
E REBENTA COM OS TÍMPANOS
"pobres pecadores, ó mãe!"




(3) balázios

domingo, novembro 18, 2007


A menstruação da mulher é um estado fisiológico que os romanos concomitantemente apreciavam pelos benefícios que dela provinham e aborreciam pelos prejuízos que igualmente dela advinham. (…)
Acreditava-se que a mulher menstruada e por efeito exclusivo do seu fluxo afastava dos campos a saraiva, os furacões, o raio, as trovoadas, enfim todos os cataclismos celestes. (…) A simples exibição das partes sexuais banhadas no rubro corrimento catamenial nas praias sossegava o mar revolto, abrandava as ondas alterosas, afugentava os tufões e as trombas de água, em resumo acalmava todas as tempestades marítimas, sendo assim de considerar a sua acção benéfica em prol dos que, andando no alto-mar, ao aproximarem-se das costas corriam perigo de a elas darem.
(…) tinha-se por certo que, as regras coincidissem com um eclipse lunar ou solar ou com a ausência da lua (lua nova), a cópula que se executasse seria funesta e mortal para os machos. (…)
Bastaria que a mulher menstruada tocasse com um dedo em certos objectos para os prejudicar; assim, tratando-se de cortiços, as abelhas abandoná-los-iam para sempre; (…) tratando-se de navalhas da barba, o fio embotar-se-ia de súbito; (…) Todos estes maléficos poderes se mostravam exaltados e se manifestavam por um simples olhar da mulher, se a menstruação era a primeira após a perda da virgindade ou se, sendo ela virgem, a menstruação era a inicial.



in AGUIAR, Asdrúbal de (1935) Estudos sobre Roma nos tempos antigos
Lisboa: Imprensa Nacional, pág. 1-3.


N.B.: Asdrúbal António de Aguiar (1883-1961) era chefe de serviço do Instituto de Medicina Legal de Lisboa e professor do curso superior de Medicina Legal.

(2) balázios

quinta-feira, novembro 15, 2007

Cartaz na porta da Igreja Universal:

"SE VOCÊ ESTÁ CANSADO DE PECAR, ENTRE!"

E alguém escreveu por baixo:

"SE NÃO ESTIVER... LIGUE-ME !
ROSITA - 931568574 - Serviço Completo."

(2) balázios

quarta-feira, novembro 07, 2007

Apetites, desejos.




Posto que vulgarmente se confundem estes dois vocábulos, contudo em linguagem filosófica moderna são bem distintos. Os apetites são certos sentimentos corpóreos, não perpétuos, mas que ocorrem de tempo a tempo, acompanhados sempre de certo que mais ou menos desagradável segundo é maior ou menor sua força, que nos impelem a apetecer alguma coisa de que o corpo carece. (…)
Os desejos, que melhor se explicam pela palavra latina cupiditates, são certas inclinações, que não existem no corpo senão na alma, e cujo objecto são as coisas e não as pessoas; (…) Diferencia-se o desejo do apetite em que, este reside no corpo e aquele na alma; em que este vem de tempo a tempo, e aquele é permanente; em que este sacia-se, e aquele não se farta, etc.



ROQUETE, J.I., O.F.M. 1885: 72










(3) balázios