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sexta-feira, dezembro 09, 2005


É do CARVALHO III


«A medicina e a experiencia[1] dizem que, em geral, no campo de certas precisões[2] o homem carece mais da mulher do que esta de quem pertence ao sexo feio. Pode por isso uma rapariga, fora de determinadas circunstancias[3], opor grandes dificuldades aos desejos amorosos do seu pretendente[4]. Alem d´isto a sociedade[5] é muito severa para com a filha d´Eva, esse ente coberto pela luz do sol e pela graça das estrelas[6], e d´aí vem[7], em muitos casos, a imperiosa necessidade[8] do belo sexo esconder o seu sentir e pensar e ocultar as suas ações[9]. Por este motivo diferentes mulheres se revoltam bastantes vezes contra expressões demasiadamente realistas[10] de diversos homens, mas quando estes se acham afastados ou os julgam distantes ainda vão mais longe no emprego de termos obscenos[11] do que os individuos que pertencem ao sexo mais proprio para a exibição[12] d´essas palavras, tão contrarias aos preceitos impostos pela mais pura delicadeza[13]

(CARVALHO. 1925: {VI-VII})


[1] leia-se homens vividos
[2] boa, boa
[3] mas quais?
[4] eu quero ela é que não quer
[5] isso era antigamente
[6] porque é que o gajo não diz que ela está em pêlo, ou seja NUA!
[7] ai, ai
[8] fujam da frente
[9] são umas dissimuladas e fingidoras
[10] quem não se sente não é filha de boa gente
[11] anda cá que eu racho-te, desgraçado
[12] em Coimbra havia um a quem chamavam o CUECA que gostava muito de exibir as miudezas para as raparigas
[13] o autor pensava que as mulheres não diziam asneiras, dizem e das cabeludas!

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