<$BlogRSDUrl$>

quinta-feira, julho 08, 2004

“ Fado da Sebenta”


Quando nasceu, a Sebenta
Não veio só d´uma vez:
Nasceu ás oito e quarenta
E o resto sahiu ás dez.

As bellas cantigas minhas
D´esta festa sebenteira
Aprendi-as nas Cosinhas,
Fê-las o marco da Feira.

Rapazes e raparigas!
Pela noite luarenta,
Em vez de cantar cantigas
Cantem coisas da Sebenta.

A Sebenta, ó Portugal,
Levanta uma estatua, um dia...
E põe-lhe por pedestal
Pedras de lithographia.


in VIEIRA, Afonso Lopes (1899) Auto da “Sebenta” farça em verso em um prólogo e dois quadros
Coimbra: Edição da Commissão Academica do Centenário. Pág. 39-40


Sebenta

de sebo
s. f., esc.,
apontamentos das lições, passados a limpo, dactilografados, litografados, etc. , para uso dos estudantes universitários;
por ext. caderno para apontamentos tomados nas aulas.







Comments: Enviar um comentário